sexta-feira, 19 de abril de 2024

Rubens Jr aos bolsonaristas: “A ignorância é assustadora”

Rubens Jr, atual Secretário das Cidades e Desenvolvimento Urbano do Maranhão e Mestre em Direito Constitucional (Foto: Reprodução/@rubenspereirajr)

O Supremo Tribunal Federal (STF) foi alvo de pequenos protestos neste domingo (17), por causa da decisão de confirmar que a Justiça Eleitoral tem competência para julgar casos de corrupção e lavagem de dinheiro, se estes tiverem relação com caixa 2. A decisão do ministros (pelo apertado placar de 6 a 5) é considerada uma derrota para a Operação Lava Jato e seus apoiadores, que centralizava em Curitiba os casos investigados, mas que agora podem ver os casos irem para outras esferas do Judiciário.

Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato após Sergio Moro assumir o cargo de Ministro da Justiça, usou o Twitter para insinuar que poderia deixar a Força Tarefa, além de questionar sua chefe, a Procuradora-Geral da República Raquel Dodge, que apoiou o STF na decisão. No Rio de Janeiro, onde o ato na praia de Copacabana viralizou pela quantidade mínima de pessoas, podia-se leu uma faixa escrita “O STF é uma vergonha!”, e outras que faziam relação à morte da vereadora Marielle Franco: “STF, quem mandou matar a Lava Jato?”. No sábado, Bolsonaro compartilhou no Twitter um vídeo gravado por seu filho Eduardo, deputado federal por São Paulo, criticando o STF. Em outra ocasião ele já havia dito que para fechar o Supremo bastava a atuação de “um cabo e um soldado”.

Os protestos de domingo foi convocado em alusão ao número da legenda do PSL, partido do presidente e de alguns dos seus filhos. Também pelo Twitter, o deputado federal pelo Maranhão licenciado Rubens Jr, criticou a falta de conhecimento dos apoiadores do clã Bolsonaro. “Vi gente pedindo pra fecharem o STF. Não sabem o que é República e Estado Democrático de Direito. A ignorância é assustadora!”, afirmou.

Rubens, que atualmente assumiu a Secretaria das Cidades e Desenvolvimento Urbano do estado, é advogado e Mestre em Direito Constitucional. “Por natureza, uma Corte Suprema deve ser contramajoritária, pra garantir direitos fundamentais. Espero que o STF siga preservando a Constituição Federal, e não atrás de aplausos fáceis e efêmeros”, completou.

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