segunda-feira, 14 de outubro de 2024

Saiba como descartar remédios e seringas de forma correta

A cada ano que passa o lixo brasileiro vai ganhando proporções ainda maiores, pois a quantidade de resíduos descartados só aumenta. De acordo com um levantamento feito e divulgado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), a geração de lixo aumentou em 29% no Brasil no período entre 2003 a 2014.

Ainda segundo a Abrelpe, apenas 58,4% do lixo produzido pelos brasileiros tem o destino correto, isto é, os aterros sanitários. Mais de 41% são descartados em lixões e aterros controlados. Estes últimos depósitos não são apropriados para receber nenhum tipo de lixo, pois não possuem estruturas que evitem a contaminação do meio ambiente.

Entre todos estes descartes há uma preocupação maior que diz respeito aos resíduos químicos como remédios ou materiais comumente utilizados nas áreas hospitalares, como seringas, gazes, algodão etc. “A opção menos indicada para descartar esse produtos é o lixo comum. Normalmente esse lixo que é recolhido das casas ele vai para o aterro sanitário de uma forma geral e lógico, você pode por agulha, medicamentos que vão ficar expostos”, explica o diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Auditoria em Vigilância Sanitária (Imbravisa), Rui Dammenhain. 

Como descartar corretamente remédios e seringas?

Apesar de agulhas, remédios e outros resíduos serem utilizados em hospitais, eles também podem ser usados em casa. Porém, o descarte destes materiais em casa não são devidamente pensados, pois são colocados no mesmo depósito que outros lixos mais comuns. “Na verdade esses produtos deveriam ser incinerados, ou seja, passar por um processo de forno onde suas características químicas e estruturais seriam atenuadas e destruídas pelo calor e com isso evitando doenças”, endossa Rui.

Isto porque, como explica o diretor da Imbravisa, existem pessoas que moram ou trabalham nos aterros e por isso estão em constante contato com o lixo. Sendo assim, estes indivíduos estariam sendo expostos à contaminações, intoxicações e outros problemas de saúde. Além de colocar em risco a integridade de quem recolhe o lixo. “Isso é um problema muito sério e acaba resultando muitas vezes em acidentes, porque o coletor de lixo muitas vezes não está suficientemente preparado para recolher o lixo e se deparar com uma seringa lá dentro.”

Métodos para descarte responsável

“O ideal seria ir em uma unidade de saúde, que chama de postinho ou UBS, ou então em uma drogaria ou farmácia. Muitas vezes, as redes de drogaria já tem esse programa de aceitação de sumos, seja agulha ou medicamento usado porque por força da legislação sanitária estes estabelecimentos têm a obrigação de estarem cadastrados no serviço de coleta especial para estes resíduos”, lembra Rui Dammenhain.

Contudo, o presidente da Imbravisa lamenta a falta de legislação específica para estes casos, o que acarreta na não eficiência da coleta especial. “Muitos estabelecimentos conscientes desse problema acabam tendo como iniciativa aceitar estes resíduos e aí minimizar o problema. Mas, infelizmente existem alguns estabelecimentos que não aceitam”, finaliza.

Cuidados com o lixo

Se nas farmácias próximas de você não há a coleta de materiais como esses e por isso a única alternativa viável é o descarte no lixo comum, é importante deixá-los separados dos demais produtos, garantindo assim a integridade dos coletores. Para isso, coloque os itens hospitalares em um único recipiente e, se possível, deixe um recado para os coletores, alertando os mesmos do perigo de contaminação ou perfuração.

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