quarta-feira, 24 de abril de 2024

São Luís é a quarta capital do Nordeste com maior preço da cesta básica

Em junho, o custo do conjunto de alimentos básicos aumentou em 26 das 27 capitais do Brasil, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). O preço verificado em São Luís é de R$ 368,49, sendo a 4ª capital do Nordeste com o maior valor da cesta básica e 21ª do Brasil.

Em junho de 2016, a cesta básica em São Luís custou R$ 368,49, um aumento de 2,32% em relação a maio e segue sendo a sétima capital com menor custo entre as 27 pesquisadas pelo DIEESE. No primeiro semestre do ano, a cesta acumulou taxa de 12,52%. Dos 12 itens pesquisados, metade tiveram alta nos preços: feijão carioca (46,52%), leite integral (8,01%), manteiga (3,78%), farinha de mandioca (1,38%), café em pó (0,74%), e arroz agulhinha (0,63%); já a outra metade apresentou recuo: tomate (-9,22%), banana (-5,86%), óleo de soja (-2,97%), carne bovina de primeira (-1,05%), pão francês (-1,00%) e açúcar refinado (-0,61%). (Tabela 2).

O feijão carioca foi o item da cesta que teve a maior variação no mês de junho: problemas na safra, ocasionado pela seca prolongada nas principais regiões produtoras do Nordeste, redução da área plantada em detrimento de outras culturas mais rentáveis, como a soja, reduziu a oferta do grão e elevou o preço.

Houve aumento de preço do leite e da manteiga pelo terceiro mês consecutivo. A oferta do leite segue baixa, mantendo acirrada a competição da indústria pela matéria-prima, devido ao período de entressafra, e aos altos custos de produção. Com a diminuição da oferta, o preço do leite e dos derivados – manteiga – seguiu em alta no varejo.

O preço do quilo do tomate continuou reduzido. Isso se deve a elevada oferta frente à demanda desaquecida, além da baixa qualidade do fruto devido a condições climáticas desfavoráveis.

As maiores altas ocorreram em Florianópolis (10,13%), Goiânia (9,40%), Aracaju (9,25%) e Porto Velho (8,15%). A única diminuição aconteceu em Manaus, -0,54%. São Paulo foi a capital que registrou o maior custo para a cesta (R$ 469,02), seguida de Porto Alegre (R$ 465,03) e Florianópolis (R$ 463,24). Os menores valores médios foram observados em Natal (R$ 352,12) e Rio Branco (R$ 358,88). Entre janeiro e junho de 2016, todas as cidades acumularam alta. As maiores variações foram observadas em Goiânia (25,59%), Aracaju (23,22%) e Belém (19,13%). Os menores aumentos ocorreram em Manaus (4,41%), Curitiba (6,31%) e Florianópolis (9,24%).

Com base na cesta mais cara, que, em junho, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário. Em junho de 2016, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.940,24, ou 4,48 vezes mais do que o mínimo de R$ 880,00. Em maio, o mínimo necessário correspondeu a R$ 3.777,93, ou 4,29 vezes o piso vigente.

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