domingo, 22 de junho de 2025

Centro de Treinamento do Sampaio Corrêa é invadida por “sem-terra”

Da assessoria

Os problemas do Sampaio ultrapassaram as barreiras das quatro linhas. Com sua propriedade invadida por um grupo de sem-terra, em um imbróglio que se arrasta por quase um mês, o clube Tricolor acumula uma série de prejuízos, desde financeiros, até aspectos que atingem o lado técnico da equipe.

 

Sem a segurança devida, a equipe deixou de treinar em seu CT, tratar os atletas no departamento médico e, muito menos concentrar para os jogos importantes da Série B, por estar com o seu terreno sitiado por invasores.

 

“Entendo a situação das pessoas que estão tentando se apropriar do terreno do Sampaio, mas preciso defender os interesses do clube. Trata-se de uma propriedade privada e esse direito precisa ser respeitado. Não tenho dúvidas de que essa motivação, além de financeira, apruma pelo lado político para me atingir”, afirmou o presidente Sergio Frota, insatisfeito com os contratempos causados pelas ocupações irregulares.

 

Sem poder usufruir do seu CT para organizar suas atividades diárias, o clube se vê obrigado a arcar com custos extras para manter a rotina de treinos: “Fizemos um grande esforço para melhorar a estrutura do CT. Reformamos nossas acomodações para oferecer uma concentração confortável aos nossos atletas, e agora estamos sendo obrigados a ter essas despesas a mais por conta da total falta de segurança e sensibilidade”, ressaltou o presidente.

 

Frota lamenta os fatos ocorridos durante o processo de desapropriação, mas ratifica o seu intuito de que seja respeitado apenas os limites de uma propriedade privada: “A situação chegou a um ponto que já houve até uma morte. Eu lamento muito por esse ocorrido. Mas, é preciso evitar novos fatos desagradáveis, e que se aplique a lei e se garanta o direito à propriedade do governo”.

 

O técnico Léo Condé também lamenta a situação e ressalta que os deslocamentos para treinos em locais alternativos chegam a afetar a preparação do time, em um momento muito importante da Série B: “É claro que isso atrapalha. Precisamos de uma base, e o CT é a nossa referência. Esperamos que seja encontrada uma posição muito em breve, para que possamos retomar à nossa rotina normalmente, com segurança”, frisou o treinador.

 

Atingidos diretamente pela situação, os jogadores esperam uma rápida situação do caso: “Ficamos receosos, afinal, é o nosso local de trabalho. Enquanto tudo isso não for resolvido, não há o menor clima para treinarmos no CT. Esperamos que tudo se resolva rapidamente para voltarmos a treinar normalmente na sede, que é o nosso lar”, ressaltou o atacante Pimentinha.

Respaldado pela lei, o clube quer apenas que os seus direitos sejam preservados e o entrave seja resolvido o mais breve possível.

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