Um sábado diferente para criança e adolescentes autista aconteceu hoje pela manhã (31), no shopping Rio Anil, foi uma sessão inclusiva de cinema para promover a inclusão social. Foi uma sessão totalmente adaptada a crianças e adolescentes com TEA – Transtorno do Espectro Autista. Aproximadamente 150 espectadores, entre adultos e crianças, assistiram ao filme “Pedro Coelho”, que foi exibido em uma sala com adequações especiais, como, por exemplo, a meia-luz, que evita a completa escuridão; o menor contraste da projeção na tela, para não incomodar os olhares mais sensíveis; e volume do som mais baixo, para tornar a audição mais confortável aos espectadores.
O Dia Mundial de Conscientização do Autismo vai ser celebrado em todo Brasil no dia 02 de abril. Esta já é a terceira vez que o Rio Anil e o Cinesystem, com apoio do Grupo Ilha Azul, promovem a sessão inclusiva. A ideia da ação foi favorecer lazer e diversão a famílias que, muitas vezes, evitam sair de casa para lugares públicos e se privam da descoberta de alguns prazeres fora do ambiente doméstico porque temem o preconceito na sociedade e o quanto isso pode afetar o desenvolvimento das crianças com TEA.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o autismo afeta uma a cada 160 crianças. Para alertar a população sobre o transtorno e lutar contra o preconceito, foi instituído, em 2 de abril, o Dia Mundial da Conscientização do Autismo. Atualmente, utiliza-se a sigla TEA (Transtorno do Espectro do Autismo). O TEA refere-se a um grupo de transtornos caracterizados por prejuízos na interação social e de comunicação, associados a comportamentos repetitivos e interesses restritos.
Normalmente, o autismo é diagnosticado ainda na primeira infância, entre os 12 e 24 meses de vida. Os sinais podem ser dificuldades de interagir com outras crianças e adultos, não manterem contato visual, não atenderem quando se é chamado, comportamento repetitivo, entre outros.
Os sintomas variam de acordo com o estímulo fornecido pelo ambiente familiar, do grau do TEA e se está associado ou não a outras patologias. O autismo se traduz muito nos detalhes do comportamento da criança, gestos, agitação, o olhar e de que forma ele interage com o mundo externo. Segundo especialista infelizmente, não há um exame específico que detecte o autismo, o diagnóstico é feito com as informações coletadas nas consultas, como os sinais observados, histórico familiar e conversas com os pais, além de uma avaliação complementar do neuropediatra.
O Grupo Ilha Azul surgiu em 2012 e agora em maio, o nome Ilha Azul faz uma referência a São Luís e ao fato do autista buscar o isolamento por não entender as relações sociais. Azul é porque a incidência da doença é quatro vezes maior em menino que em menina.