O Tribunal de Contas do Maranhão (TCE) terá que fazer um recadastramento de servidores. A decisão partiu do juiz Douglas de Melo Martins, após uma ação dos advogados Leonel Pinto Carvalho e Aristóteles Duarte Ribeiro contra Thiago Augusto Azevedo Maranhão Cardoso, filho do presidente interino da Câmara Federal dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA). Thiago é acusado de ser um ‘funcionário fantasma’. Com isso, Thiago Maranhão teve os bens bloqueados e o juiz do processo pediu provisoriamente pela restrição dos bens dele em R$ 253.000,00.
O objetivo do recadastramento é constatar se ainda há irregularidades de funcionários. Thiago Maranhão recebia cerca de R$ 7,5 mil, além de R$ 800 de auxílio alimentação. Ele foi nomeado como Assessor do Conselheiro de Edmar Cutrim em novembro de 2013 e exonerado somente no dia 09 de maio deste ano. O Ministério Público quer que Thiago devolva todo o dinheiro recebido enquanto foi funcionário do TCE.
Assim como o filho, Waldir Maranhão também é investigado pelo MP. Maranhão foi apontado como ‘funcionário fantasma’ da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). Ele chegou a receber salário indevidos enquanto exercia, entre fevereiro de 2014 e janeiro de 2016, mandato de deputado federal em Brasília.
Os casos ficaram em evidência depois de toda repercussão da imprensa nacional e internacional sobre Waldir Maranhão quando ele chegou a revogar a própria decisão em que tentou anular a sessão da Câmara, que já tinha aprovado a abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff.