quinta-feira, 18 de abril de 2024

Testes da ‘pílula do câncer’ em humanos começaram nesta segunda

O estudo para o tratamento de câncer com a fostoetanolamina sintética, popularmente conhecida como “pílula do câncer”, começou a ser testado em humanos nesta segunda-feira (25) em São Paulo. A pesquisa é realizada pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp).

A fostoetanolamina começou a ser produzida no laboratório do Instituto de Química de São Carlos (IQSC-USP) e distribuída no campus da universidade gratuitamente a pacientes que a solicitassem, apesar de ainda não ter sido testada cientificamente.

Em primeiros estudos feitos para o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, os testes realizados em animais e laboratório apresentaram pouco ou nenhum efeito contra o câncer.

A primeira fase da pesquisa irá avaliar 10 pacientes para definir uma dose segura que será utilizada. Após a primeira etapa, caso a droga não apresente efeitos colaterais graves, a pesquisa prosseguirá com mais 200 pessoas, divididas em dez grupos de diferentes tipos de tumor. Cada paciente deve começar tomando três comprimidos ao dia.

Daqui dois meses o estudo já terá um avaliação do resultado. Se a cada 21 pacientes, três apresentarem resultado positivo, haverá mais 800 pacientes na segunda fase de testes e o número final deve chegar a mil voluntários. Os pesquisadores acreditam que em seis meses terão a análise completa para definir o efeito da pílula.

O laboratório oficial da Secretaria de Saúde do estado forneceu cápsulas suficientes da substância para a realização completa da pesquisa, na qual foram investidos R$ 580 mil na compra das pílulas.

O governador Geraldo Alckmin afirma que isso traz esperança para novos avanços no tratamento do neoplasias. No entanto, caso ocorra um efeito colateral negativo nos primeiros pacientes, o teste será reiniciado.

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