quinta-feira, 18 de abril de 2024

Tomate e maçã podem recuperar pulmão de ex-fumantes, diz estudo

Nem tudo está perdido para os fumantes. Um estudo feito por cientistas da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg, nos Estados Unidos, constatou que comer três maçãs ou dois tomates por dia retarda o envelhecimento natural dos pulmões e repara os danos causados pelo tabagismo.

Os pesquisadores descobriram que os mesmos benefícios aos pulmões que se prolongam durante a vida de uma pessoa saudável são obtidos através do consumo dessas frutas. No entanto, os efeitos protetores decorrem apenas de exemplares frescos – o que significa que tomates e maçãs enlatados ou transformados não funcionam.

A conclusão foi observada através do estudo que percebeu que o declínio natural na função pulmonar ao longo de 10 anos foi mais lento entre ex-fumantes que adotaram uma dieta rica em tomates e frutas, especialmente maçãs. “Este estudo mostra que a dieta pode ajudar a reparar o dano pulmonar em pessoas que pararam de fumar”, ressaltou a autora principal da análise, a Dra. Vanessa Garcia-Larsen.

A notícia pode ser animadora, especialmente para os 1,2 milhão de britânicos e mais de 11 milhões de americanos que vivem com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica ( DPOC ) – conjunto de condições que provocam a disfunção pulmonar caracterizada pela dificuldade de respirar.

Vanessa explica que a descoberta também pode ser benéfica para não-fumantes. “A pesquisa também sugere que uma dieta rica em frutas, especialmente tomates e maçãs, pode diminuir o processo de envelhecimento natural do pulmão mesmo se você nunca fumou”.

A cientista também conta que as descobertas sustentam as necessidades das recomendações dietéticas, especialmente para pessoas com risco de desenvolver doenças respiratórias como a DPOC.

Estudo

Para chegar aos resultados publicados em um artigo no European Respiratory Journal, os pesquisadores avaliaram a dieta e a função pulmonar de mais de 650 adultos.

Os mesmos testes pulmonares, que medem a capacidade de absorver oxigênio e expulsá-lo, foram repetidos nos voluntários uma década depois.

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