Mesmo com a classificação garantida para a segunda fase do Campeonato Maranhense 2015, a maré de azar no Moto Club continua. Além de não ter dinheiro para pagar os atletas, que estão com os salários atrasados há três meses, a equipe rubro-negra ainda foi punida em R$ 5 mil pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
Além da punição em dinheiro, três jogadores do Rubro-Negro foram suspensos de competições realizadas pela Confederação Brasileira de Futebol.
O volante Wanderley pegou quatro jogos de suspensão. Já o zagueiro Luís Fernando e o atacante meia Dayvison ficarão cinco jogos suspensos. Ou seja, caso o Moto se classifique para a Série D do Campeonato Brasileiro, o time só poderá contar com estes jogadores no fim da primeira fase.
A punição aconteceu após julgamento, realizado na última segunda-feira (30), pela Primeira Comissão Disciplinar do STJD, referente a partida Moto Club 1 x 1 Piauí, válida pela Copa do Nordeste.
O time maranhense foi multado em R$ 5mil em virtude de um torcedor ter arremessado uma garrafa de plástico no campo. Na defesa preparada pelo Diretor Jurídico do clube, Adolfo Testi, em conjunto com o advogado Osvaldo Sestário, foram anexadas várias provas em favor do Moto Club, como as imagens que identificam o torcedor e o termo de compromisso assinado em 2014, onde as torcidas organizadas comprometeram-se a prevenir tais ações. “As torcidas organizadas do Moto Club são comprometidas na prevenção dessas ações. Infelizmente ocorreu esse fato isolado, por um torcedor que não integra nenhuma torcida específica, e sua identificação ainda está em andamento. As ações preventivas do clube e a parceria com as torcidas, Polícia Militar e FMF foram essenciais para que não houvesse perda de mando de campo”, frisou Testi.
Mais punição
Além da multa, três jogadores do Papão foram punidos por conta da briga dentro do campo de jogo: Wanderley, Luís Fernando e Davyson. Outros cinco do Piauí também recebram punição: Eduardo, Rafael Negrão, Bruno Ernandes, Natan e Lucas.
O atleta Wanderley, do Moto; e os jogadores Bruno Ernandes e Natan do Piauí, receberam suspensão de quarto partidas, cada. Já os atletas Luís Fernando e Davyson, do Moto Club; e os jogadores Rafael Negrão e Lucas, do Piauí, foram punidos com cinco jogos de suspensão, cada. Apenas Eduardo, do Piauí, recebeu a pena de advertência”.
O Subprocurador William Figueiredo classificou os atos como selvageria e reforçou que só a punição severa é que levará os jogadores a pensarem antes de partirem para brigas. Com relação ao ato de alguns torcedores, William destacou. “O que foi feito em campo pelos atletas acaba se refletindo na torcida. O árbitro agiu corretamente, fez as expulsões. Com relação ao lançamento de objeto, não basta provar ações de prevenção, há a necessidade de identificar e conduzir o infrator para efetuar registro (Boletim de Ocorrência)”, disse o Subprocurador.