quarta-feira, 24 de abril de 2024

Turistas e maranhenses aproveitam fim de semana de folia no centro

Os foliões, não importa sua naturalidade, seguem em ritmo frenético nas festas carnavalescas que vem acontecendo todas as sextas-feiras, sábados e domingos, antes do período oficial da folia momesca, em diversos pontos do Centro Histórico de São Luís.

O evento é organizado pelo Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Sectur).

Ocupando espaços como a Praça Nauro Machado, Avenida Beira-Mar e Praça dos Catraieiros e no bairro mais boêmio e carnavalesco de São Luís, a Madre Deus, nos pontos do Beco do Gavião e no Largo do Caroçudo, os turistas e maranhenses têm se concentrado e aproveitado para cair na folia de todas as formas.

“Primeira vez que venho para São Luís e já caí nesses blocos. Estou gostando muito dessa forma de se brincar, aqui nesta encantadora cidade”, comentou o turista do Rio de Janeiro, Rodolfo Fernandes, que passa sua primeira temporada carnavalesca na Ilha.

“A festa que é nacional, ganha uma cara nova e é reverenciada de uma outra forma. Vou recomendar para os meus amigos”, acrescentou Rodolfo.

A energia que anima e arrasta multidão nos blocos ou, concentrados diante dos palcos montados nos espaços públicos, vem das batidas marcantes dos tambores tradicionais do Maranhão e da mistura de musicalidades.

“O sotaque do tambor daqui é muito forte. Os bloquinhos lembram muito o que acontece no restante do país, mas esse do Maranhão tem algo diferente”, diz Sueliane de Moraes, turista de Brasília.

“Eu estou curtindo muito essa sintonia que acontece aqui. Ano que vem quero voltar e trazer mais amigos comigo”, completa a turista.

No sábado, quem comandou o carnaval de rua foi o Bloco Só Safados, invadindo a Beira-Mar. O bloco vem fazendo o sucesso entre os foliões, que ousam na criatividade e produzem fantasias que colorem a festa. Não faltou criatividade nas fantasias dos brincantes e nem animação da banda formada de forma despretensiosa por artistas de São Luís.

O Bloco Só Safados já virou marca do carnaval e vem ganhando muitos adeptos, como o economista e professor, Netto Cruz, que se transformou no Superman, no último sábado, e foi para a festa.

“O espírito do carnaval é esse, entrar na magia e se divertir com os amigos. A fantasia dá uma diferenciada e anima ainda mais o carnaval de todos”, conta o folião.

Bloco da Imprensa

O Bloco da Imprensa reuniu muitos foliões no último sábado. A principal pauta da noite era a alegria contagiante das apresentações que passaram pelo palco ao longo da festa.

Apesar de ser democrática, aberta a toda sociedade civil, a festa ainda é formada pelo expressivo número de comunicadores, como a jornalista Márcia Coimbra, com mais de 25 anos de profissão e que tenta comparecer todos os anos ao evento.

“O Bloco da Imprensa se sustenta porque é uma forma dos profissionais se confraternizarem, além de ter uma programação muito interessante, e um espaço convidativo, aqui no Centro Histórico”, diz Márcia.

“É uma forma de encontrar pessoas e se divertir em um espaço seguro e confortável. Por isso o bloco atrai todas outras pessoas, não só os jornalistas”, avalia.

O jornalista cultural, Samartony Martins, com 22 anos de profissão fala da democratização da festa e da importância da imprensa no âmbito social.

“A festa é fantástica por ter boas apresentações, segurança e ao longo do tempo, o bloco evoluiu bastante, no sentido de que houve uma consciência maior de quem participa, e que não é só da imprensa”, comenta.

Um dos integrantes da folia que acompanhou a fundação do Bloco da Imprensa, o jornalista Ernildo Santos, ressalta a evolução da festa. “Primeiro a gente tem que falar que o Bloco da Imprensa surgiu porque a imprensa sempre cobriu o carnaval. E aí ficava aquela lacuna, pois a gente só cobria a diversão e quando e não participava dela. Então, esse foi o mote”, lembra.

“Tomaram a iniciativa de criar o bloco para se divertir antes do período oficial do carnaval. Essa foi a tônica da história toda. É legal porque Célio Sergio [diretor do bloco da Imprensa] conseguiu perceber o que faltava e inseriu na festa”, completa Ernildo.

“Também é válido ressaltar que o poder público, tanto o Governo do Maranhão, quando a prefeitura de São Luís, perceberam isso e contribuíram para que o bloco permanecesse, apoiando a festa”, destaca o jornalista.

Para encerrar o fim de semana de festa, no domingo, o circuito aconteceu na Madre Deu. No Beco do Gavião, a alegria ficou garantida com os blocos tradicionais Os Baratas e Kambalacho do Ritmo, além do Bloco Afro Omnira de Cururupu.

Quem também contagiou o público com muita alegria e samba foram os grupos Divina Batucada e Batuca Nego.

No palco do Largo do Caroçudo, a programação aconteceu simultaneamente, com os grupos Sindicato do Samba, Misturô, Vamu Di Samba e Grupo Apoteose.

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