quarta-feira, 24 de abril de 2024

Vereadores presos queriam R$ 2,2 milhões de royalties

Foto: Reprodução

Os cinco vereadores de Vitória do Mearim presos no âmbito de investigação que apura supostos crimes de corrupção passiva e associação criminosa do Ministério Público do Maranhão, tinham um plano para se apropriarem de R$ 2,2 milhões dos royalties da mineração destinados ao município.

Além dos cinco parlamentares presos, juntamente com outros três, teriam solicitado vantagem financeira ao secretário-chefe da Assessoria de gabinete da prefeitura Almir Coelho Sobrinho – que é esposo da prefeita Dídima Maria Corrêa Coelho – em troca do arquivamento de uma Comissão Parlamentar de Inquérito que está em andamento na Câmara.

“Haveria um outro plano, caso esse primeiro, de receber valores por parte da própria prefeita, não desse certo. Seria do afastamento dela para que a vice assumisse e, a partir daí, ela pudesse sacar a quantia referente aos royalties da mineração que se encontram depositados em uma conta específica. Os valores desses royalties chegam em torno de 2 milhões e 200 mil reais”, afirmou a promotora Klécia Meneses.

O plano para usurparem os R$ 2,2 milhões, foi revelado ao MP por Almir Coelho Sobrinho. Segundo o depoimento de Almir Coelho Sobrinho, o plano dos cinco vereadores era afastar a gestora, para que a vice-prefeita Elzir Oliveira Lindoso assumisse e sacariam a quantia R$2,2 milhões para, em seguida, dividir entre eles.

Como evidência do plano de apropriação da verba dos royalties da mineração, os parlamentares aprovaram, sem observar o procedimento legislativo e em sessão extraordinária, a Proposta de Emenda à Lei Orgânica, possibilitando o afastamento do chefe do Executivo em razão do início do procedimento para apurar crimes de responsabilidade pela Câmara Municipal, na mesma data em que Almir Coelho Sobrinho se negou a efetuar o pagamento dos valores solicitados, encerrando as negociações entre eles.
Foram presos os vereadores Hélio Wagner Rodrigues Silva (Solidariedade); Oziel Gomes da Silva (PT); Mauro Rogério, o Nego Mauro (PMB); José Mourão Martins (PPL) Benao Marcos Rodrigues Pacheco, o Bena (Progressistas). Os parlamentares estão detidos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas pelo prazo de cinco dias, mas a detenção pode ser prorrogada por mais cinco.

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