O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira (13) a decisão de antecipar a campanha de vacinação contra a gripe em 2017. Ao contrário de 2016, quando o maior número de registros foi do H1N1, neste ano a maior circulação tem sido do tipo H3N2, aponta a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBI), Isabella Ballalai. De acordo com a médica, a antecipação do calendário é uma medida acertada, já que no ano passado os casos surigiram antes do esperado, o que provocou uma corrida pelas vacinas.
A especialista explica que tanto o H1N1 como o H3N2 são tipos de influenza, portanto não existe um novo vírus em circulação no Brasil. Segundo ela, as variações são igualmente graves. “Não tem mais grave e nem menos grave. Por isso que as vacinas são tri ou quadrivalentes procurando proteger de três ou quatro tipos de influenza que circulam entre nós”, disse.
De acordo com a SBI, no ano passado o H1N1 foi responsável por 90% dos casos registrados no Brasil, mas este ano ainda está restrito até agora a 2%. A presidente da entidade explica que o H3N2 é um vírus que já causou surtos no país em outros períodos e é o mais prevalente no hemisfério Norte. “Ele não mudou, mas é o que este ano está circulando mais. Não é porque ele esteja novo”. Ela explica que apesar de a população popularmente buscar a vacina do H1N1, as doses sempre contêm os tipos H1N1, H3N2 e B.