Sabemos que usinas nucleares, micro-ondas, bombas atômicas e coisas do tipo podem ser radioativas. Mas você sabia que existem tantas outras coisas que também carecem de cuidados especiais?
Placas luminosas
Sinais luminosos, como as placas de saída, foram desenvolvidos para orientar as pessoas à segurança em caso de desastres. Desta forma, eles não estão conectados à principal fonte de energia do edifício e a luz é gerada por amostras de um isótopo radioativo do hidrogênio, chamado trítio, que estão dentro da placa. Infelizmente, caso um possível desastre corte a energia do prédio e a placa se quebre, este mesmo isótopo radioativo pode escapar e contaminar o edifício e todas as pessoas nele.
Castanha-do-Pará
A castanha-do-pará, tipicamente brasileira, é um dos alimentos naturais mais radioativos do mundo. Segundo um artigo do portal ORAU’s Center for Science Education, acúmulo do elemento rádio é encontrado no fruto, devido à longa extensão das raízes da castanheira (Bertholletia excelsa). Esta radioatividade é inofensiva ao corpo humano e a castanha também carrega minerais saudáveis. Assim, recomenda-se que seu consumo não seja excessivo, podendo variar da disposição biológica de cada pessoa. Consumir excessivamente, porém, pode causar fadiga, vômitos, irritação da pele e até perda de cabelo.
Bananas
Assim como as castanhas-do-pará, bananas possuem pequenas quantidades de radiação. Porém, no caso das bananas, isso acontece por culpa de seu código genético. De qualquer forma, para ela causar danos aos humanos por radiação, seria preciso comer cerca de 5 milhões de bananas. Essa radiação, porém, é detectável por contadores Geiger (um dos tipos de detectores de radiação mais antigos que existem), mesmo em pequenas quantidades.
Cigarros
Muitos cigarros contêm materiais radioativos, como o polônio-210 (o mesmo isótopo radioativo utilizado para assassinar Alexander Litvinenko, um tenente-coronel russo que desertou para o Reino Unido em serviço. Litvinenko foi perseguido pelo serviço secreto russo até a sua misteriosa morte por envenenamento) e chumbo-210.
Estes materiais sobrevivem nas folhas de tabaco durante todo o processo de produção de cigarros, e são liberados para a atmosfera na forma de vapor quando o cigarro é aceso e inalado pelo fumante. Embora estes materiais sejam liberados em concentrações baixas, os depósitos destes produtos químicos podem acumular-se significativamente nos órgãos de quem fuma frequentemente. Acredita-se que o fato esteja relacionado ao desenvolvimento de certos tipos de câncer.
Granito
Grand Central Station, nos EUA, que utilizou um tipo de granito radioativo na construção e hoje emite altas quantidades de radiação, causando alguns problemas.
Páginas de revista com muito brilho
Geralmente, quando uma editora de revistas quer chamar a atenção – principalmente em anúncios -, ela pode imprimir algumas páginas em papel brilhante.
No entanto, o brilho requer que a folha seja coberta de caulino, um minério composto de silicatos hidratados de alumínio, como a caulinita e a haloisita, que parece um tipo de argila branca. Esta “argila” é capaz de reter elementos radioativos, como urânio e tório. O produto também é usado com frequência como aditivo alimentar e está presente em muitos medicamentos.