quarta-feira, 14 de maio de 2025

Volume de chuvas diminui, mas famílias atingidas passam de 2,2 mil

Apesar da redução do volume das chuvas nos últimos dias, que contribuiu com a diminuição do volume do leito do Rio Mearim, as enchentes já atingiram 2.224 famílias nos quase vinte municípios atingidos pelos temporais.

No total, doze cidades decretaram situação de emergência: Marajá do Sena, Pedreiras, Trizidela do Vale, Caxias, Lago dos Rodrigues, Presidente Vargas, Brejo, São João do Sóter, Tuntum, Formosa da Serra Negra, São Luis Gonzaga e Conceição do Lago Açu. Já Rosário, Nina Rodrigues, Paulino Neves, Araioses e Presidente Juscelino então em alerta.

A última cidade a entrar nessa estatística foi Conceição do Lago Açu, na Baixada Maranhense, 100 famílias foram atingidas pelas chuvas fortes. No entanto, a situação mais delicada foi diagnosticada nas cidades de São João do Sóter e Tuntum, com 483 e 335 famílias desalojadas ou desabrigadas.

Além disso, apesar da redução no volume do leito do Rio Mearim que registrou na última sexta-feira (20), 6.6 metros, as cidades de Marajá do Sena, Pedreiras, Trizidela do Vale e Bacabal, juntas, respondem por 43% das famílias afetadas pelas enchentes.

Tempestades vão continuar

De acordo com o Núcleo de Meteorologia da Universidade Estadual do Maranhão, as tempestades devem continuar no Maranhão até o começo de junho, especialmente na parte norte do estado, já que é o período chuvoso na região.

Entre os fenômenos que estão atuando para que isso aconteça está o La Ninã, responsável pelo aumento no volume das chuvas. “A previsão e que em maio as chuvas fiquem acima da média. No entanto, já a partir do próximo mês até junho, as chuvas começam a diminuir. As chuvas temporais não estão descartadas”, explicou o meteorologista Gunter Reschke.

Doações aos desabrigados

Nesta sexta-feira (20) um novo caminhão com donativos foi enviado às cidades prejudicadas. Com isso, já são mais de 1.200 cestas básicas, colchões, redes, galões de 20 litros de água e 500 filtros de barro levados para os municípios afetados pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (Sedes).

A Fesma continua a anteder pessoas de todas as idades visando a precaução de enfermidades causadas nessas situações e o Corpo de Bombeiros e Defesa Civil continuam a operar em ajuda aos municípios na retirada das famílias, identificação dos atingidos, das áreas de risco e no controle da altura dos rios.

“No Maranhão, nós temos dois desastres endêmicos: no primeiro semestre, a chuvas que causam enchentes e enxurradas, e no segundo semestre o período de estiagem, onde acontecem as queimadas”, explica o coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil, coronel Izac Matos.

“A atuação precisa acontecer nesses dois momentos de forma coordenada e é nisso que o Comitê se encaixa, realizando ações preventivas e de monitoramento que envolvem órgãos e secretarias de estado”, completa o Coronel.

As ações incluem treinamento para a correta assistência pós-evento e a produção de documentos e relatórios para legitimar a situação de emergência, o que possibilita aos municípios o recebimento de recursos para auxílio das famílias afetadas.

Refeições e ajuda 

O apoio do Governo do Maranhão está sendo reforçado dia a dia aos atingidos pela chuva. Uma das ações é o envio pelo Restaurante Popular de Pedreiras de 900 refeições diárias gratuitas prontas para moradores prejudicados pelas enchentes em Trizidela do Vale e Pedreiras.

Além disso, o governador Flávio Dino anunciou que famílias prejudicadas pelas fortes chuvas das últimas semanas podem solicitar a inscrição no Cheque Minha Casa para reconstruírem suas residências o cadastramento já foi iniciado pela Defesa Civil.

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