quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

10% dos brasileiros consideram o governo Dilma ótimo ou bom

Queda na popularidade da presidente neste início do segundo mandato é mais intensa do que a registrada por FHC e Lula.

O número de brasileiros que considera o governo Dilma Rousseff ótimo ou bom foi de 10% em setembro, praticamente igual aos 9% registrados em junho. Os que avaliam o governo como ruim ou péssimo oscilou de 68% para 69%.  “A popularidade da presidente Dilma manteve-se inalterada entre junho e setembro”, observa a pesquisa CNI-Ibope, divulgada nesta quarta-feira, 30 de setembro, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Todos os indicadores do levantamento ficaram dentro da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

O percentual de pessoas que considera o governo ruim ou péssimo é o maior registrado nos 27 anos da pesquisa CNI-Ibope. A avaliação dos dados revela que a queda na popularidade enfrentada por Dilma Rousseff neste início do segundo mandato é maior do que a registrada pelos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva.

“Perder popularidade no início do segundo mandato não é novidade. Mas a perda da presidente Dilma foi mais intensa”, observa o levantamento. Em dezembro de 2014, último mês do primeiro mandato, 40% da população considerava o governo Dilma ótimo ou bom. O número caiu para 10% agora em setembro de 2015, similar ao verificado no fim do governo de José Sarney, em 1989.  No início do segundo mandato de Fernando Henrique, o número dos que avaliavam o governo como ótimo ou bom diminuiu de quase 40% para 16%. No caso de Lula, o percentual recuou de 57% para cerca de 50%.

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MANEIRA DE GOVERNAR – A pesquisa de setembro revela ainda que 82% da população desaprovam a maneira de governar e que 77% não confiam na presidente Dilma.  Mas a popularidade melhorou um pouco entre as pessoas com mais de 55 anos de idade. Nessa camada da população, o percentual dos que aprovam a maneira de governar da presidente subiu de 20% em junho para 24% em setembro, e o número dos que desaprovam caiu de 75% para 70%.

A popularidade da presidente também melhorou nas periferias das capitais. Nesses locais, o percentual dos que confiam na presidente aumentou de 13% em junho para 20% em setembro, e os que avaliam o governo como ótimo ou bom subiu de 6% para 10%.
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IMPOSTOS E JUROS – Conforme a CNI-Ibope, as ações do governo com as piores avaliações da população são os impostos e a taxa de juros. Entre os entrevistados, 90% desaprovam a atuação do governo na área de impostos e 89% estão insatisfeitos com as ações sobre os juros. As medidas do governo nas áreas de segurança pública, saúde,  educação, combate à inflação, combate ao desemprego também são reprovadas  por mais da metade dos brasileiros.

“As políticas melhoras avaliadas são às relativas ao combate à fome e à pobreza, com 29% de aprovação, e ao meio ambiente, com 25% de aprovação”, observa a pesquisa.

Essa edição da CNI-Ibope ouviu 2.002 pessoas em 140 municípios, entre 18 e 21 de setembro. O nível de confiança é de 95%.

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