Trinta mil processos físicos serão destinados pela Corregedoria Geral de Justiça para descarte sustentável por meio da Cooperativa de Reciclagem de São Luís. A decisão foi oficializada na manhã desta sexta-feira (10), na sede da Divisão de Gestão e Controle Ambiental da CGJ, no Parque Pindorama, em São Luís, e integra a programação da Jornada da Sustentabilidade 2022: O Judiciário por “Uma Só Terra”.
Os processos físicos entregues à cooperativa são oriundos das unidades judiciais de todo o Maranhão, e passaram pelo procedimento de digitalização e migração para o ambiente virtual do sistema PJe – Processo Judicial Eletrônico. Logo após cumprir prazo legal, o material estará apto a ser reciclado.
O corregedor-geral da Justiça, desembargador Froz Sobrinho, ressaltou que o correto descarte dos processos contribui com a geração de emprego e renda para, pelo menos, 31 famílias que trabalham na cooperativa. O corregedor anunciou que vai encaminhar mensagem aos juízes solicitando a adesão à devolução de impressoras que estão subutilizadas nas unidades judiciais de todo Estado, reforçando o compromisso com a redução dos custos de impressão do Judiciário, impactando positivamente o Meio Ambiente.
“Estou muito feliz porque no Tribunal de Justiça do Maranhão não se admite mais o consumo de copos plásticos, gasto excessivo com papel, materiais gráficos, dentre outros, além de buscarmos a sensibilização da comunidade sobre a importância da separação do lixo para reciclagem”, disse o desembargador Jorge Rachid, presidente do Núcleo Socioambiental do TJ.
Para o presidente da Cooperativa de Reciclagem de São Luís, Gilmar Amorim, o tema socioambiental deve estar no centro de todas as discussões da sociedade, tendo em vista que apesar dos esforços, apenas 10% de tudo que é fabricado volta reciclado para a Indústria. “50 quilos de papel reciclado não evitam apenas a derrubada de uma árvore, vão muito além, transformam a vida de pessoas com a geração de emprego e renda”, pontuou.
DESCARTE SUSTENTÁVEL
A Coleta Seletiva Solidária vem em substituição à antiga queima dos processos aptos para eliminação e reforça o compromisso do Poder Judiciário, como um grande gerador de resíduos, com a sustentabilidade, por meio da redução dos impactos negativos de suas atividades no meio ambiente e promovendo a inclusão e dignidade para várias famílias.
No último mês de abril a corregedoria entregou outros 98.634 processos físicos, sem utilização, para reciclagem. Além do papel para reciclagem, são entregues à cooperativa também as caixas plásticas em que estavam acondicionados os processos descartados. A Cooperativa de Reciclagem de São Luís possui termo de cooperação com o Tribunal de Justiça desde 2019, está qualificada para receber esse tipo de material, pois tem recursos que garantem o sigilo dos documentos, conforme exigido em lei, e atende 31 famílias na cidade de São Luís.