A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio do Laboratório Central de Saúde Pública do Maranhão (Lacen-MA), tem realizado constantemente o mapeamento da prevalência de novas variantes do SARS-CoV-2 no Maranhão. Em estudo mais recente, resultados de amostras analisadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Rio de Janeiro, indicam predominância de 91% da Variante Gamma no estado.
Antes denominada de P.1, a variante é considerada de preocupação e foi identificada inicialmente em Manaus (AM). A predominância da variante Gamma no Maranhão foi identificada a partir do sequenciamento genômico de amostras analisadas pela Fiocruz.
“O mapeamento é importante para acompanharmos a evolução da pandemia no estado. Através do estudo podemos reiterar, por exemplo, a importância da vacinação com as duas doses para aumentar a proteção contra a doença, já que o esquema vacinal completo contra Covid-19 amplia as taxas de efetividade da vacina, que até agora tem se mostrado eficaz contra as variantes em circulação”, explica o diretor geral do Lacen-MA, Lídio Gonçalves.
De dezembro para abril deste ano percebe-se que houve uma redução do número de variantes circulantes em todo o país. No Maranhão, a Gamma é a principal responsável pelos novos casos e pelas duas ondas da Covid-19, em 2021, por sua alta transmissibilidade. A preocupação no cenário nacional continua sendo a variante Delta, identificada inicialmente na Índia. O estudo realizado mostra que não há registro desta variante no Maranhão.
Para seguir monitorando as variantes no Maranhão, o Lacen-MA, que já realiza o diagnóstico da Covid-19 no estado, tem encaminhado amostras para que o sequenciamento genômico do SARS-CoV-2 seja realizado pela Fiocruz, no Rio de Janeiro, ou pelo Instituto Evandro Chagas (IEC), no Pará.
Com investimentos do Governo do Estado em parceria com o Ministério da Saúde, o Lacen-MA está se preparando, com a aquisição de equipamentos e capacitações, para ser um dos seis laboratórios do país que realizam o sequenciamento genômico para a detecção de variantes do SARS-CoV-2.
“Com esses investimentos, até o final do ano estaremos aptos para realizar o monitoramento das variantes circulantes aqui mesmo no estado e dos casos suspeitos de reinfecção. Assim, conseguiremos analisar mais amostras, agilizar os resultados e ampliar o mapeamento, nos aproximando ainda mais do cenário real da pandemia no estado”, destaca Lídio Gonçalves.