quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

CPI da Petrobras: deputada pede quebra de sigilo de empreiteiras suspeitas

Eliziane Gama (PPS) acredita que movimentação financeira vai ajudar a “mapear” caminho do dinheiro.

 

As construtoras Serveng Civilsan e Fidens Engenharia, investigadas por suposto pagamento de propina para conseguir contratos para construção da refinaria Premium I (Maranhão), poderão ter seus dados bancários, fiscal e telefônicos acessados pela CPI da Petrobras. Pedido neste sentido foi protocolado, nesta semana, pela deputada Eliziane Gama (PPS-MA), que é integrante da comissão parlamentar.

 

Depoimento dado pelo doleiro Alberto Yousseff revela o pagamento de propina pelas duas empreiteiras em contrato de obra de terraplanagem da refinaria da Petrobras que seria erguida em Bacabeira, região metropolitana de São Luís.

 

A Serveng-Civilsan e a Fidens foram contratadas para executar a obra que custaria R$ 20 bilhões. A unidade foi projetada para operar como a maior refinaria da Petrobrás, consumiu R$ 2 bilhões em projetos e em terraplanagem, depois foi cancelada em janeiro deste ano. Yousseff disse na delação que a Serveng teriam repassado, entre os anos de 2010 e 2011, 1% do valor do contrato em propinas.

 

“Suspeita-se que, em grande parte, esses recursos tenham sido desviados da Petrobras por meio do superfaturamento de contratos firmados entre a estatal e grandes empreiteiras. Entre as planilhas apreendidas juntamente com os pertences de Paulo Roberto Costa, bem como na sua delação, a Serveng é citada como tendo pago propina para ganhar a execução da obra da refinaria Premium I, no Maranhão”, sustenta a deputada Eliziane, no requerimento apresentado na CPI.

 

Para a deputada maranhense, permitir a transferência dos dados bancários, telefônico e fiscal pode permitir à comissão parlamentar mapear os caminhos percorridos pelo dinheiro desviado da Petrobras. O pedido, porém, ainda não tem data para ser votado.

 

 

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