A maioria da nossa população é feminina, o nosso eleitorado também, mas isso não se reflete na representatividade das mulheres na política. Na corrida ao cargo máximo da República, apenas duas mulheres são pré-candidatas, Simone Tebet do MDB e Vera Lúcia do PSTU. A senadora maranhense, Eliziane Gama, chegou a ser cotada para vice de João Doria (PSDB), que acabou desistindo da sua candidatura.
“É importante que a gente esteja em todos os espaços, que a gente mostre que nós podemos falar por nós, nos representar e representar toda uma nação”, afirmou Raquel Tremembé.
Natural de Vargem Grande/MA, Kunã Yporã, conhecida como Raquel Tremembé, a indígena maranhense do povo Tremembé da Aldeia Engenho de São José de Ribamar, surgiu na disputa eleitoral à Presidência da República, como vice na chapa de Vera Lúcia.
“Nós estamos em diversos esteios de lutas, em prol do respeito, da dignidade e pelo direito de existir. Eu e Vera Lúcia, que é uma mulher negra, operária e socióloga, resolvemos encabeçar esse novo desafio em prol dos segmentos que representamos e são tão atacado”, disse.
Raquel é pedagoga, integrante da articulação da Teia dos Povos e Comunidades Tradicionais do Maranhão e membro da Secretaria Executiva Nacional da Central Sindical e Popular (CSP)-Conlutas.
“O sangue impregnado nas minhas veias, que se chama resistência, que me abrir espaço para novas cheganças, novas oportunidades”, declarou.