Você sente dores em várias partes do corpo? Cansaço, indisposição e, às vezes dores de cabeça? Sente, ainda, dormência e formigamento nas mãos e pés, com um sono que não é reparador, o que altera o seu humor e muda até o funcionamento do intestino? Se a sua resposta foi sim para a maioria das perguntas apresentadas, você pode pode ter fibromialgia. Mas, calma! Primeiro é necessário compreender melhor o que é a doença e, claro, buscar um médico especialista para o diagnóstico correto.
A reumatologista do Grupo Hapvida NotreDame Intermédica, Izabela Guimarães, explica que a fibromialgia não é grave. Isso não significa que o problema não seja incômodo, tendo em vista que um dos principais sintomas é a dor crônica e em vários pontos do corpo. “A fibromialgia é uma síndrome crônica, que causa uma dor difusa da cabeça aos pés. O paciente tem uma sensação de dor exagerada e até mesmo os estímulos não dolorosos causam dor nesse paciente”, afirma.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a doença afeta 2,5% da população mundial. Geralmente o público feminino é o mais atingido, principalmente entre os 30 a 50 anos de idade. E segundo o Ministério da Saúde, a doença está hoje entre as principais causas de dores crônicas em todo o país. A conscientização acerca desta doença é um dos pilares da campanha Fevereiro Roxo, que busca conscientizar ainda mais sobre as doenças lúpus e o Alzheimer.
Tratamento
Izabela explica também que a doença costuma estar relacionada a questões de fundo emocional. “Quadros depressivos prévios ou atuais, ansiedade e até problemas relacionados ao trabalho e família podem desencadear a síndrome”, enumera.
Segundo Izabela, o tratamento de quem sofre de fibromialgia costuma ser feito à base de antidepressivos e ansiolíticos. Porém, o mais importante no tratamento desse problema é o acompanhamento multidisciplinar, inclusive psicoterápico, e a realização frequentes de atividades físicas que sejam prazerosas. “Fibromialgia não é uma doença grave, não existem complicações, mas podemos tratá-la de forma a diminuir as dores e dar mais qualidade de vida ao paciente”, finaliza.