No último sábado (25), o projeto “Casamentos Comunitários” da Corregedoria Geral da Justiça (CGJ/MA), em parceria com o Tribunal da Justiça (TJMA) e os cartórios de registro de São Luís, celebrou a união de 495 casais em mais uma cerimônia realizada no Centro de Convenções da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
O projeto foi criado durante a gestão do desembargador Jorge Rachid, em 1998, e já totaliza mais de 150 mil casamentos desde sua implementação. Na edição de 2023, a cerimônia contou com a participação de cerca de trinta juízes e juízas para a celebração das uniões civis. Além deles, a desembargadora substituta Oriana Gomes também participou do evento, representando o corregedor-geral da Justiça, desembargador Froz Sobrinho.
A juíza Flor de Lys Ferreira Amaral celebrou a união do casal mais idoso presente na cerimônia, composto por Raimundo Pires, de 77 anos, e Deusivania de Jesus Teles Santos, de 48 anos. O casal já vive junto há cerca de quatro anos e aproveitou a iniciativa para realizar o sonho de oficializar a relação.
Já o casal mais novo, formado por Jairo de Jesus da Silva Ferreira e Flávia Alessandra Sá Lemos, ambos de 18 anos, também celebrou a união, recebendo palavras de admiração e incentivo do juiz Alexandre Lopes de Abreu, titular do 5º Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo de São Luís, pela disposição dos jovens em constituir família. “Todo dia é dia de casar, todo dia é dia de confirmar, todo dia é dia de olhar para o outro e entender que escolheu estar ao lado, porque quer bem e pretende crescer junto. Casar é carregar quando é preciso e deixar ser carregado quando necessário, é lutar pela vida, enfrentar dificuldades, é comemorar as vitórias e participar das alegrias”, disse o magistrado.
A cerimônia também foi marcada pela atuação dos juízes e juízas que foram empossados pelo TJMA no último mês de setembro. Celebrando seu primeiro casamento comunitário, a juíza substituta Mariana Rocha Cipriano Evangelista elogiou a organização do evento e demonstrou satisfação em participar do momento que, além da formalização de uma união, também possui sua importância social, como a garantia da segurança jurídica aos casais.“É meu primeiro casamento comunitário e foi uma honra poder celebrar o amor desses casais em um evento tão lindo”, comentou a juíza.
O JUDICIÁRIO NÃO ABANDONA SEUS JURISDICIONADOS
Após todas as uniões serem celebradas, os presentes foram surpreendidos por uma situação inusitada, um último casal chegou às pressas desejando realizar união. Apesar de atrasados, o pedido do noivo Caio Arthur Costa Lopes e da noiva Gilmara Vieira Silva foi atendido.
O juiz Ricardo Augusto Figueiredo Moyses comentou sobre o ocorrido, destacando o papel do judiciário em estar próximo do seu jurisdicionado, disposto a solucionar conflitos e garantir a cidadania, o acesso à justiça e a segurança jurídica para todos.“O Tribunal de Justiça não deixa de socorrer os seus jurisdicionados. Nós não deixaríamos que o casal deixasse de celebrar um momento que é tão importante. Nós, enquanto juízes e juízas, temos a missão de estar próximos da sociedade e socorrê-la em qualquer momento”, comentou o magistrado.
A noiva agradeceu a prestatividade e sensibilidade do poder judiciário pela maneira de solucionar a situação.“Só a tenho a agradecer ao juiz por ter se comovido com a minha situação de ter chegado atrasada e, mesmo assim, ter realizado o casamento. Agradeço a todos. Esse momento vai ficar marcado, porque foi com muita emoção”, agradeceu a noiva.