Dia se tornou o mais sangrento no país em mais de 18 anos
Após Israel lançar um ataque aéreo amplo nesta segunda-feira (23), o Ministério da Saúde do Líbano confirmou a morte de 274 pessoas e disse que 1.024 ficaram feridas.
Pouco antes, as Forças de Defesa de Israel (FDI) alertaram a população civil para que se afastasse “imediatamente” de supostas posições e depósitos de armas do Hezbollah.
De acordo com militares israelenses, mais de 300 alvos do grupo extremista foram atacados. O dia se tornou o mais sangrento no país em mais de 18 anos, desde a guerra de 2006.
Moradores receberam pela primeira vez, inclusive, mensagens de texto e de voz enviadas por Israel alertando sobre a iminência dos ataques. O aviso foi enviado após uma intensa troca de tiros no domingo (22), quando o Hezbollah lançou cerca de 150 foguetes, mísseis e drones contra o inimigo. Os ataques foram uma retaliação ao bombardeio israelense que matou cerca de 10 comandantes do grupo extremista, sendo um deles do alto escalão, na sexta-feira (20).
Os caças israelenses atacaram cidades a cerca de 30 km a leste de Beirute. Segundo o porta-voz da FDI, residências no Vale do Bekaa estão sendo usadas para alojar mísseis e drones, e as ações promovidas visam atingi-los antes que eles sejam disparados. A área fica entre aldeias cristãs e muçulmanas xiitas, que não haviam sido atingidas até agora.
O Hezbollah afirma ter retaliado o ataque com o disparo de “dezenas” de mísseis em direção a Israel, que confirmou 35 disparos, com alguns deles caindo em terra.