A Polícia Civil do Maranhão deflagrou duas grandes ações no âmbito da Operação Guardião, voltada para a repressão a grupos criminosos: uma em Chapadinha, região do Baixo Parnaíba, e a outra em Caxias, no Leste Maranhense. No total, cerca de 30 mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos, resultando na prisão de 11 suspeitos e na apreensão de três adolescentes.
Em Chapadinha, a ação foi coordenada pela 3ª Delegacia Regional e teve como objetivo o cumprimento de 13 mandados de prisão e de busca e apreensão contra suspeitos de homicídios e tráfico de entorpecentes. Mais de 40 policiais saíram às ruas nas primeiras horas do dia para o cumprimento das ordens judiciais. “Com a força-tarefa da ‘Operação Guardião’, estamos intensificando o combate a homicídios e outros crimes em todo o estado. Na região do Baixo Parnaíba, essa é a terceira grande operação da Polícia Civil nos últimos três meses, resultando em dezenas de prisões, apreensões de armas e drogas. Desta forma, unindo esforços e com muito trabalho, vamos continuar combatendo a criminalidade em todo o Maranhão”, afirmou o superintendente de Polícia Civil do Interior, delegado Ricardo Aragão.
Ao todo, seis pessoas foram presas na cidade, algumas delas também em flagrante por porte ilegal de arma de fogo e de drogas ilícitas. Três menores foram aprendidos. As investigações que resultaram na operação apontam que entre os crimes praticados pelos suspeitos está a tortura de três mulheres na cidade, ocorrido em abril deste ano. De acordo com a polícia, uma delas teve a cabeça raspada, além sofrer outras violências. Os criminosos também teriam ameaçado as vítimas e suas famílias. Nos endereços com mandado judicial para busca e apreensão, os policiais apreenderam diversos tipos de drogas, armas e apetrechos utilizados para o tráfico de entorpecentes na região.
Somente em um dos endereços alvo da operação, no bairro Renascer, conhecido como 900 Casas, os policiais apreenderam três pistolas, sendo uma 9 milímetros, de uso restrito. Apreenderam ainda carregadores de pistola, crack, maconha, skunk, a droga sintética k2 (super maconha), cocaína, dinheiro em espécie, maquineta de cartão, arma branca, dentre muitos outros itens utilizados pelos suspeitos em ações criminosas. “Operação extremamente exitosa que resultou na prisão de investigados, além da apreensão de drogas e armas. Sem dúvida, mais um duro golpe contra integrantes de grupos criminosos. É importante destacar que essa operação faz parte de uma série de medidas bem-sucedidas da Polícia Civil, por meio da Delegacia Regional de Chapadinha, com o apoio da Secretaria de Segurança, que vem adotando ações para o prevenir e reprimir crimes na região”, afirmou Jesimiel Alves, delegado regional de Chapadinha.
Todos os suspeitos foram conduzidos para Delegacia Regional de Chapadinha, para os procedimentos legais. Os menores serão encaminhados para unidade especializada. Todo o material apreendido também foi apresentado na Delegacia Regional.Para a ação, a 3ª Delegacia Regional contou com o apoio de equipes da Superintendência de Polícia Civil do Interior (SPCI), Grupo de Resposta Tática da Superintendência de Investigações Criminais (GRT/Seic), Superintendência de Repressão ao Narcotráfico (Senarc), 1o Distrito Polivial de Chapadinha, Delegacia Buriti, Polícia Militar, entre outros. Três cães farejadores do Núcleo de Operações com Cães (NOC) da Senarc e o Centro Tático Aéreo (CTA) também deram apoio à operação.
Grupo criminoso desarticulado em Caxias
Em Caxias, no Leste Maranhense, a ação resultou na prisão de cinco pessoas e na desarticulação de uma organização criminosa. Os presos são investigados por crimes de homicídios, e todos possuem antecedentes criminais. Foram cumpridos 14 mandados nos bairros Eugênio Coutinho, Antônio Viana e Ponte.
“O objetivo dessa ação foi combater o crime de homicídio no município de Caxias. Para isso, contamos com a participação de 30 policiais, tratando-se de mais uma ação da segurança pública. As prisões desses indivíduos não só auxiliam na elucidação do caso em que eles estão envolvidos, mas, também, na redução da criminalidade local”, destacou o delegado George Marques, superintendente estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa.
De acordo com as investigações, os cinco suspeitos são pertencentes a uma mesma organização criminosa e teriam atuado, de forma direta e indireta, em um homicídio ocorrido em uma casa de show da cidade, no mês de julho deste ano, conforme explicou o titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Caxias, delegado Zilmar Santana.
“Esses indivíduos estão envolvidos em um grupo que comete homicídios, tráfico de drogas e, também, assaltos em Caxias. A investigação acontece desde julho, quando foi registrado um homicídio em uma casa de show no dia 14, onde três indivíduos invadiram esse espaço, que estava lotado, e efetuaram disparos contra duas pessoas, uma delas vindo a óbito”, destacou.
Ainda de acordo com o delegado Zilmar Santana, a motivação para o crime teria sido disputa entre grupos rivais. O homem vítima do homicídio não tinha antecedentes e verificou-se que também não integrava nenhum grupo criminoso. O irmão dele, no entanto, era associado a um desses grupos. “A morte desse indivíduo foi uma forma de represália”, disse.
Além das prisões, houve apreensão de várias porções de maconha, balança de precisão e outros apetrechos utilizados na comercialização de entorpecentes, levando também a atuação em flagrante de um dos presos por tráfico de drogas. Além disso, foram apreendidos vários celulares, câmeras que faziam a segurança de um dos locais, uma arma de fogo, um simulacro e armas brancas.
Todos os presos foram levados para a 17ª Delegacia Regional de Caxias, onde passarão pelas formalidades legais. Após o trâmite, eles serão encaminhados ao sistema penitenciário, onde permaneceram à disposição do Poder Judiciário.
Participam da operação em Caxias cerca de 30 policiais de São Luís, da Superintendência Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP); da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Caxias e das delegacias regionais de Timon e Caxias, além do Grupo de Pronto Emprego (GPE) e Núcleo de Operações com Cães (NOC) com um cão farejador.