quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Ricardo Murad é conduzido à PF para prestar depoimento

De acordo com a Polícia Federal, o ex-secretário de saúde é suspeito de desviar recursos públicos.

 

A Polícia Federal informou que o ex-secretário da saúde do Estado, Ricardo Murad, foi conduzido à sede da Polícia Federal(PF), em São Luís, na manhã desta terça-feira (17). Há suspeitas de que o ex-secretário ainda estaria em sua residência, mas segundo a Polícia Federal ele já teria sido encaminhado para prestar esclarecimentos sobre suposto envolvimento em desvio de verba pública da pasta que ele administrava no Governo, durante a gestão de Roseana Sarney.

 

Policiais federais também realizaram mandados de busca e apreensão na residência do ex-gestor nesta manhã. Até agora, obras de arte foram separadas pela PF na garagem do ex-secretário. 

A ação faz parte da Operação Sermão dos Peixes, que contou com a participação de mais de 200 policiais federais e 10 servidores da CGU.

 

Ao todo foram cumpridos 13 mandados de prisão preventiva, 60 mandados de busca e apreensão e 27 mandados de condução coercitiva.

 

 

 

O ex-prefeito de Coroatá, Rômulo Trovão,  também está entre os suspeitos de envolvimento e também será conduzido à PF.

 

O nome “Sermão aos Peixes”, de acordo com a Polícia Federal, é alusivo ao sermão do Padre Antônio Vieira que, em 1654, falou sobre como a terra estava corrupta, censurando seus colonos com severidade.

Ainda segundo informações da PF, a investigação teve início em 2010, quando o então secretário de saúde do estado do Maranhão se utilizou do modelo de “terceirização” da gestão da rede de saúde pública estadual, ao passar a atividade para entes privados – Organização Social (OS) e Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), e, assim, fugir dos controles da lei de licitação. Contudo, essa flexibilização significou uma burla às regras da lei de licitação e facilitou o desvio de verba pública federal, com fim específico de enriquecimento ilícito dos envolvidos.

Os investigados poderão responder, na medida de sua participação, pelos crimes de estelionato, associação criminosa e peculato (artigos 171, 288 e 312 do Código Penal), bem como por organização criminosa (art. 2º da Lei 12.850/2013) e “lavagem de dinheiro” (art. 1º da Lei 9.613/1998).

 

A PF realizará uma coletiva de imprensa sobre a operação às 15h na Superintendência Regional da Polícia Federal. Você assiste a  cobertura completa desta investigação no Guará News, às 12h, no canal 23.

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