Em discurso na tribuna da Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (07), a deputada estadual Mical Damasceno (PSD) voltou a direcionar críticas ao vice-governador Felipe Camarão (PT).
Durante a fala, a parlamentar relembrou o episódio de julho de 2024, quando Felipe Camarão vetou um projeto da autoria dela, enquanto exercia interinamente o cargo de governador. A proposta da parlamentar previa que pais pudessem vetar a participação de seus filhos em atividades escolares relacionadas à ideologia de gênero, com punições às escolas que descumprissem.
O veto foi justificado com base em parecer técnico da Procuradoria Geral do Estado, que apontou inconstitucionalidade e invasão de competência federal. Mas, para Mical, o episódio representa uma ruptura por parte do vice-governador com os princípios do atual governo. “Felipe Camarão não representa a continuidade, representa a ruptura”, disse.
Resposta
A resposta a Mical damasceno foi dada pelo deputado Leandro Bello, que faz parte do grupo do governador. “O governador Carlos Brandão já disse que 2026 se discute em 2026. Por que antecipar esse debate agora? A quem interessa essa divisão dentro do nosso próprio grupo?”, questionou Bello.
Um dos argumentos de Bello foi o êxito de Felipe Camarão na Secretaria de Estado da Educação, por exemplo, através do programa o Escola Digna. “Devemos respeitar a todos. O vice-governador Felipe Camarão tem história, tem trabalho prestado e ajudou a transformar a educação do Maranhão”, afirmou.
Interesses pessoais
Por outro lado, na sessão de ontem (6) a deputada estadual a tramitação da PEC 93/2007, atualmente aguardando parecer da CCJC da Câmara dos Deputados, que concede aos estados autonomia para criação, incorporação, fusão e desmembramento dos municípios.
Mas o real objetivo é conseguir a criação de novos municípios. Segundo Mical, 41 distritos maranhenses estariam aptos a se tornarem municípios, e defendeu a emancipação destes, citando alguns exemplos, todos comandados por aliados dela.
