O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, relatou ter recebido uma mensagem com ofensas e ameaças por meio da Ouvidoria da Corte nesta quinta-feira, (22). Durante sessão no STF, Dino compartilhou o conteúdo da mensagem, que incluía insultos como “bandido”, “ladrão”, “canalha” e “rocambole do inferno”. A ameaça também sugeria violência física contra o ministro, com frases como “tem que apanhar de murro” e “bastam cem homens aí em Brasília, invadem o STF e expulsam”.
O ministro destacou que esse tipo de discurso reflete um “clima social propício à propagação do ódio em níveis preocupantes”, caracterizando-o como o “espírito do tempo”. Ele alertou para o impacto das redes sociais, afirmando que “as caixas de comentários ganham densidade quando penetram na mente humana e se transformam em força material”. Dino também mencionou a ameaça de bomba registrada no mesmo dia no Ministério do Desenvolvimento Social, em Brasília, como exemplo da necessidade de reforçar a segurança institucional.
O episódio ocorre em um contexto de crescente tensão política e social no Brasil, com manifestações e discursos polarizados. O STF tem sido alvo de críticas e ataques, especialmente em relação a decisões que envolvem figuras políticas e questões sensíveis.
Dino tem se posicionado firmemente contra a propagação de discursos de ódio e desinformação, defendendo a criminalização das fake news e o fortalecimento das instituições democráticas. Ele também tem sido crítico de manifestações que considera ameaças à independência do Judiciário e à estabilidade democrática do país.
O incidente destaca a crescente preocupação com a segurança de autoridades e instituições no Brasil, além da necessidade de medidas eficazes para combater a disseminação de discursos de ódio e desinformação.