quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

ONU pede redução do número de deslocados internos até 2030

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediu hoje (23) que os países “compartilhem um futuro diferente”, de forma a reduzir à metade o número de deslocados internos (que buscam abrigo no próprio país) até 2030.

“Estamos aqui para compartilhar o nosso futuro diverso. Declaramos que somos uma humanidade com responsabilidades compartilhadas”, declarou Ban Ki-moon em Istambul, no discurso de abertura da primeira Cúpula Humanitária.

O líder da ONU lembrou que o futuro pode ser destruído em segundos, por guerras ou catástrofes gerais, e alertou que uma geração de jovens sente que perdeu o seu caminho.

Além disso, pediu maior cooperação entre organizações internacionais e não governamentais (ONGs) e que os fundos se canalizem de forma mais eficaz para as pessoas que deles necessitam.

Ban Ki-moon admitiu não só proteger os civis, mas também reduzir o número de deslocados internos para metade até 2030, sob o lema “Não deixaremos ninguém para trás”.

O secretário destacou que se trata “não só de manter as pessoas com vida, mas também com vida e integridade”, o que requer a construção de “comunidades estáveis”.

O presidente da Turquia e anfitrião do encontro, Recep Tayyip Erdogan, lembrou que o seu país já abriga “3 milhões de refugiados sírios e iraquianos” e garantiu que ele “nunca fechará as portas a quem precise”.

“Gastamos US$ 10 bilhões para os refugiados e só recebemos US$ 450 milhões da comunidade internacional”, informou.

Representantes de 180 países, incluíndo 65 chefes de Estado ou de Governo, assim como numerosas ONGs e empresas de âmbito humanitário, participam da cúpula.

A chanceler alemã, Angela Merkel, o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, o português, António Costa, e o grego, Alexis Tsipras, têm discursos agendados para o plenário.

A conferência de dois dias, com 110 eventos paralelos à sessão plenária, é realiuzada no complexo do Palácio de Congressos de Istambul, no centro da cidade.

Uma centena de empresas e organizações humanitárias, muitas delas com orientação islâmica, ocupam um espaço com postos informativos para mostrar suas atividades.

A primeira jornada termina hoje à noite, com um concerto da West-Eastern Divan Orchestra, integrada por jovens intérpretes árabes e israelitas.

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