quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

OPINIÃO: A Cultura do Estupro

O recente caso do estupro coletivo, onde cerca de 30 homens violaram uma adolescente é o assunto dos últimos dias. O que não significa dizer exatamente que as pessoas estejam discutindo o Feminicídio. De certa forma, até por incrível que pareça, os machistas e as machistas encontram formas de relativizar o ocorrido: “era a roupa”, “o local”, ou as “más companhias”.

Infelizmente os estupros coletivos não são uma novidade, como bem nos lembra a historiadora Natania Nogueira em um recente artigo: “os assírios, os romanos e os chamados povos bárbaros os praticavam”. Na Idade Média e na Idade Moderna também não foi diferente. Sem falar nos casos de estupros coletivos na II Guerra Mundial. Um verdadeiro holocausto pouco mencionado nos livros e nas aulas de história.

Em tempos recentes, meninas e mulheres são violadas diariamente seja no Estado Islâmico que sequestra, violenta e mata mulheres ou na Índia e no Brasil, simplesmente porque são mulheres.

É como se os corpos femininos fossem públicos e mesmo sabendo que a maioria dos homens não concorda com isso, eles também não tomam atitudes a este respeito.

Vivemos num mundo doente, numa sociedade que não consegue ou não se esforça verdadeiramente para deter o que tem se chamado de cultura do estupro.

No Brasil, ainda é consenso que nenhum outro artista entende tão bem a alma feminina quanto Chico Buarque. Não precisa tanto. Basta respeito e justiça!

 

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