O Ministério das Relações Exteriores lamentou neste domingo (3) o falecimento do humanista e ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 1986, Elie Wiesel. “Sobrevivente do Holocausto, Elie Wiesel, em artigos jornalísticos, livros e pronunciamentos públicos, procurou assegurar-se de que o mundo nunca esqueça aquele infame genocídio. Para que nunca mais se repita semelhante tragédia”, diz a nota do Itamaraty.
Wiesel morreu na noite de sábado (2), nos Estados Unidos, aos 87 anos. “Ao transmitir suas condolências à família de Elie Wiesel, o Brasil reitera seu compromisso de honrar as vítimas do Holocausto e de trabalhar sempre para a promoção dos Direitos Humanos, da diversidade, da dignidade humana e da paz”, diz a nota do governo brasileiro.
Nascido na cidade de Sighet, na Romênia, em 30 de setembro de 1928, Wiesel é autor de 57 livros e ativista dos direitos humanos, conhecido mundialmente pela sua promoção da educação e da memória do Holocausto. Seu livro de memórias, Noite, baseado sobre a sua experiência de sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz, é considerado um dos relatos mais importantes sobre a tragédia do Holocausto.
Quando recebeu o Nobel da Paz, em 1986, por seu empenho na luta contra o racismo e a violência, o escritor foi definido como um “mensageiro da paz” e seu trabalho tido como uma potente mensagem “de paz, de expiação e de dignidade humana”.
Após o fim da Segunda Guerra Mundial, Wiesel trabalhou como colaborador de diversos jornais israelenses direto da França. Por mais de dez anos ficou sem escrever sobre sua experiência com os nazistas, o que mudou após um encontro com o escritor fancês François Mauriac.
Em 1955, o romeno mudou-se para os Estados Unidos, onde obteve a dupla cidadania.
O Holocausto é o nome dado ao período de perseguição de judeus pelo regime nazista de Adolf Hitler e o extermínio em massa de 6 milhões deles durante a Segunda Guerra Mundial.