quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

OPINIÃO: Waldir Maranhão e PT do B saudações

A situação do deputado federal Waldir Maranhão não está nada boa. O processo de expulsão dele do PP está pronto e decidido. Para não sair escorraçado, Maranhão se antecipou e construiu uma entrada triunfal, assumindo o comando do PT do B, no estado, colocando inclusive seu lugar tenente, Hamiltom Ferreira, já no comando municipal da sigla.

O desdobramento dessa celeuma pode dar em muita seara. Fato é que Waldir Maranhão, na ânsia, de conquistar espaço, acabou perdendo e podem ser grandes perdas, por que a consequência imediata da saída do PP é a perda do comando da Câmara Federal, que ora ocupa, baseado nos “rachas” de território combinados pelo sistema de “presidencialismo de coalizão”, este sistema levado ao extremo nos últimos governos e responsável pela situação caótica que se encontra a política brasileira.

Só a título de curiosidade, este termo “presidencialismo de coalizão” consiste na formação de uma maioria através do rateio de cargos ou até ministérios entre políticos e partidos, buscando a governabilidade. A expressão é atribuída ao cientista político Sérgio Abranches, que a teria usado pela primeira vez no título de um artigo, publicado há quase 30 anos.

Como sabemos, os principais agentes da coalizão brasileira vinham sendo PT e PMDB e mais uma dúzia de nanicos. O PP também fazia parte desse grupo e, tal e qual o PMDB abandonou o barco da presidente Dilma no momento do processo de impeachment. Waldir maranhão “foi convencido” a votar a favor da presidente e foi assim que comprou uma briga com meio mundo de personagens da “nova coalizão”, inclusive com o seu partido, o PP, que agora quer devolvê-lo ao mundo com uma quente e duas fervendo. Ainda bem que sobrou um naniquinho para ele gerir, mas são cenas de um  próximo capítulo ainda a ser escrito.

 

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