Internos do Sistema Penitenciário do Maranhão estão produzindo blocos de concretos e meio-fio que serão usados para pavimentar ruas de bairros periféricos da capital. O trabalho está sendo realizado pelo Governo do Estado, através do programa “Mutirão Rua Digna”. Os serviços de pavimentação com os blocos acontecerão a partir de novembro, o cronograma, a definição das primeiras ruas a serem contempladas será de responsabilidade da Secretaria de Estado do Trabalho e Economia Solidária (Setres).
“O programa ‘Mutirão Rua Digna’ tem como foco firmar parcerias entre o Governo do Estado e instituições de classe com fins a obter mão de obra para realizar melhorias em ruas de bairros periféricos da capital. Para viabilizar essa ação, a gestão vai contar com produção de 120 mil blocos de concretos, oriundos das fábricas instaladas no Complexo Penitenciário de São Luís”, explicou o secretário de Administração Penitenciária, Murilo Andrade de Oliveira.
“Quando assumimos a gestão prisional, tivemos de imediato todo o apoio do governador Flávio Dino para fazer com que o trabalho digno fosse um dos nossos pilares para a ressocialização dos internos. E depois de um ano de funcionamento, o resultado da mão-de-obra dos detentos da fábrica de blocos de concreto agora será fixado na porta de pessoas que precisam de uma rua calçada”, comemora o titular da Seap.
A fábrica
A fábrica de blocos de concreto e meio-fio do Complexo Penitenciário de São Luís trabalha com o sistema de rotatividade, associado à seleção prévia dos internos por aptidão ao ofício proposto. Nela trabalham cerca de 30 detentos, em duas frentes de trabalho. “Enquanto parte dos internos produzem as peças dentro da unidade, a outra fixa os blocos do lado de fora”, resume Raimundo Gomes, supervisor de Gestão Administrativa da Seap.
O trabalho de revitalização do complexo prisional, apesar de feito por internos criteriosamente selecionados conforme aptidão, bom comportamento, e outros requisitos favoráveis, exigidos pela Secretaria Adjunta de Atendimento e Humanização Penitenciária (SAAHP), por meio da Supervisão de Trabalho e Renda da Sejap, é todo fiscalizado de perto para que não fuja da padronização de qualidade pré-determinadas de cada obra.
E para realizar o trabalho corretamente, a preocupação não se limita apenas em fiscalizar as quantidades de areia, cimento, água e brita que devem ser misturadas, obedecendo aos padrões técnicos da construção civil, mas principalmente com a segurança de cada interno que trabalha na fábrica. “Todos trabalham com os Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s): fardamento, capacete, óculos, luvas, bota, e protetores intra-articulares”, completou Gomes.