sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Sob suspeita: carne irregular pode derrubar exportações

A operação da Polícia Federal deflagrada nesta sexta-feira (17) trouxe à tona práticas perversas da indústria alimentícia brasileira — segundo os investigadores, as empresas se importam mais com seus lucros do que com a saúde dos consumidores.

As denúncias de que grandes frigoríficos brasileiros — pertencentes a algumas das maiores empresas do ramo no mundo — estavam pagando propina para manter produção irregular põem a carne brasileira sob suspeita, tanto de consumidores domésticos quanto de exportadores. 

A Polícia Federal investigou cerca de 40 empresas.A operação Carne Fraca (qualificada pela PF como a maior da história da corporação) encontrou uma série de irregularidades na fabricação e comercialização de carnes e embutidos. Os alvos são grandes empresas de processamento de carnes, como o grupo JBS (das marcas Friboi, Swift, Seara), a BRF (Sadia e Perdigão) e Peccin (Italli). A operação também apura o envolvimento de fiscais do Ministério da Agricultura na liberação de licenças e fiscalização irregular de frigoríficos — fiscais chegaram a autorizar a exportação de carnes com salmonella sem a devida fiscalização.

Multinacionais como a JBS (dona das marcas Friboi, Seara e Swift) e a BRF (dona da Sadia, Perdigão) são citadas nas investigações.  A Polícia Federal chegou a pedir o fechamento de uma unidade da BRF em Mineiros (GO), mas que foi indeferida pelo juiz federal Marcos Josegrei da Silva. Antes de qualquer decisão desse tipo, ele preferiu remeter o tema ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

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