sábado, 21 de dezembro de 2024

Amar reduz estresse, ansiedade e até depressão. Veja os benefícios de se estar apaixonado

Que amar faz bem para alma (quando se é correspondido, é claro!), a maioria até concorda. Mas você sabia que estar apaixonado também ajuda a melhorar a saúde, em especial a do coração? De acordo com a Sociedade de Cardiologia, viver em um relacionamento saudável e estar apaixonado contribuem de forma significativa para a saúde do coração, pois os apaixonados apresentam sentimentos positivos, como otimismo, sensação de bem-estar e felicidade e, por isso, têm menor mortalidade e problemas cardiovasculares.

Uma pesquisa realizada pela Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, aponta o abraço de alguém que se ama é melhor do que muitos remédios para a hipertensão. O amor ainda é capaz de reduzir o estresse, a ansiedade e a depressão, segundo o cardiologista e membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular Marcelo Luiz Peixoto Sobral.

Namorar é um ato que gera prazer e é mediado por vários hormônios. Os principais são serotonina e ocitocina que causam bem-estar na pessoa e, de certa maneira, melhoram a autoestima. A pessoa se sente bem e, por si só, começa a procurar lugares, situações ou alimentos que mantenham esse bem-estar. Além disso, os apaixonados se cuidam mais e se preocupam mais com a saúde, principalmente para ter uma melhor aparência.

Manter relações sexuais também pode favorecer o corpo, e não é só pelo prazer em si. O sexo pode intensificar ainda mais a saúde do coração, já que a relação sexual normal equivale a uma atividade física de intensidade leve a moderada, explica o especialista.

Encarar o ato sexual como exercício físico só depende do tempo e da frequência dessa relação sexual. Se for rapidinho e sem se movimentar não equivale a nada. Vai depender da intensidade. Mas o ato sexual libera hormônios de bem-estar, o que equivale a uma injeção de ânimo naquele momento e ajuda a queimar calorias.

Como reacender a chama

Com o passar do tempo, a maioria dos casais se queixa de que o relacionamento esfriou, que não sente mais aquela paixão do início do namoro ou que não se sente mais atraído pelo parceiro. Pois saiba que é possível apimentar a relação e voltar a receber todos os benefícios de se estar apaixonado, como ensina a ginecologista e sexóloga Flávia Fairbanks, que acredita que a dica mais importante é comunicação.

É fundamental existir comunicação entre o casal. Muitos casais não compartilham as experiências e as fantasias e, consequentemente, ficam frustrados no ambiental sexual. Por isso, a dica mais importante é conversar e envolver aspectos físicos durante a conversa, como o toque, a carícia, o olhar e a troca. Isso sem sombra de dúvida é o que mais ativa toda a experiência sexual de novo garantindo o sucesso para as próximas etapas. E não precisa esperar o Dia dos Namorados para isso. O quanto antes melhor.

Outra queixa recorrente de casais é a falta de intimidade por causa do estresse do dia a dia. Flávia explica que não dá para blindar o relacionamento à prova de estresse, mas que é possível baixar os níveis de adrenalina e cortisol com hábitos simples.

O que dá para fazer é esperar cinco minutos para “baixar a poeira”. Então, tente respirar fundo quando chegar em casa, contar até 10, fazer uma meditação, um exercício leve etc, para que você consiga se enxergar. Para algumas mulheres isso é o suficiente. Já outras, precisam de um pouco mais, como abrir uma garrafa de vinho. Mas, de qualquer maneira, ela precisa se desconectar. Não é fácil, mas é um aprendizado.

Já em casos de baixa libido, a especialista explica que isso só é um problema se causar sofrimento para a pessoa, e não apenas uma reclamação do parceiro.

Pela OMS (Organização Mundial da Saúde), a gente só fala que alguém tem disfunção sexual se a pessoa sofre com isso. Existem pacientes que passam muito bem sem sexo. Isso não é um problema e não precisa de tratamento nenhum. Se isso causar atrito entre o casal então é necessário investigar como anda esse relacionamento.

 

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