O edifício onde funcionou o antigo Serviço de Imprensa e obras Gráficas do Estado (Sioge) cedido para a Universidade Estadual do Maranhão (UFMA), localizado na Rua Antônio Rayol, terá suas obras reiniciadas ainda neste mês de janeiro, depois de um longo período de abandono.
O prédio construído no século XIX faz parte do acervo histórico de São Luís e hoje serve de abrigo para pessoas em situação de rua e dependentes químicos.
O Sioge foi cedido em 2014 para a UFMA pelo governo estadual por um prazo médio de 20 anos para abrigar o futuro Museu de Arqueologia do Maranhão, e também o curso de graduação de Arqueologia, que na época estava em processo de criação.
Foi anunciado pela Universidade que seriam repassados pela Petrobrás um valor de R$ 11 milhões. O recurso foi repassado parcialmente e parte da verba foi paga mediante as medições atestadas pelas equipes técnicas da UFMA, Petrobrás e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (IPHAM)
A ordem de serviço foi assinada no dia 6 de fevereiro de 2017 e as obras tiveram início em março do mesmo ano. Durante a execução, as obras pararam após a identificação da necessidade de realizar um ajuste no convênio entre a UFMA, a Petrobrás e o IPHAN.
Desde então o Sioge sofre periodicamente ocupação por pessoas em situação de rua e dependente químicos. Na última quinta-feira (10), o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) fez uma ação para a retirada de 16 moradores que estavam instalados há mais de um ano e meio no local.
A UFMA disse por meio de nota que existe um serviço de vigilância mantido pela empresa contratada para a execução das obras e que a universidade vai verificar se está havendo ocupações periodicamente por pessoas em situação de rua.
Segundo a Universidade, as obras que serão reiniciadas neste mês vão durar cerca de 10 meses. O novo edifício será a casa do Museu de Arqueologia do Maranhão, onde funcionará cursos de graduação.