A cada três horas e 40 minutos, uma morte é registrada por acidente de trabalho no Brasil, segundo dados do Observatório Digital de Segurança e Saúde do Trabalho, que contabilizou pouco mais de 17 mil mortes entre os anos de 2012 de 2018.O levantamento revela que os acidentes de trabalho são ainda mais frequentes: um a cada 49 segundos. No mesmo período, foram registrados 4,7 milhões.
Aqui no Maranhão 18 acidentes fatais foram identificados pela Superintendência Regional do Trabalho, no ano passado. Em 2019, os números chegam a 19 acidentes fatais. Na capital maranhense, foram cinco casos.
“É uma cena comum lamentavelmente no país como um todo e no nosso estado não é muito diferente isso. A gente vai observar, por exemplo, que queda de altura é o segundo tipo de acidente que acontece no Maranhão”, relata Paulo Lásaro, fiscal do trabalho e chefe da seção de inspeção do trabalho.
O registro mais recente aconteceu esta semana, na península da ponta d´areia, onde um homem caiu do décimo andar.
A Superintendência iniciou uma fiscalização na empresa responsável pela obra para verificar as condições de saúde e segurança do trabalho. O levantamento deve durar em média de trinta a cento e vinte dias.
“O objetivo da inspeção é verificar o que foi que levou esse acidente a acontecer para evitar que novos trabalhadores sejam submetidos a condições semelhantes. Então o auditor vai verificar porque que houve aquele acidente”, explica Paulo.
Especialistas no assunto relatam que a tragédia poderia ter sido evitada se o operário estivesse usando um dos equipamentos de proteção individual obrigatórios durante o trabalho, como o cinto de segurança. “O cinto de segurança é utilizado para trabalhos em altura, inclusive ele ta contemplado em uma das normas reguladoras”, explica Ricardo Damasceno, engenheiro mecânico.
O engenheiro destaca também, que dispensar os EPIS, é uma conduta errada, mas continua bastante comum em todo o estado, apesar de muitas vezes, custar a vida.
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