Paciente com suspeita de ebola chegou ao Rio de Janeiro no início da manhã desta sexta-feira (10). Ele será encaminhado para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), em Manguinhos, zona norte, onde passará por exames para identificar se ele realmente está com a doença. O homem, que teve a identidade preservada, veio da cidade de Cascavel, no Paraná, em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) que chegou ao Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim por volta das 6h20.
Às 7h30, o paciente seguia em uma ambulância isolada da Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para a Fiocruz. Na unidade, que é considerada referência nacional para casos de ebola, ele ficará em uma ala especial cercada por um forte esquema de segurança. Os médicos e enfermeiros que estão em contato com o paciente seguem o protocolo de segurança.
Resultado do exame ficará pronto hoje, mas ainda não será divulgado, já que para a confirmação da doença o exame deverá dar positivo ao menos duas vezes. Um outro teste deve ser feito dentro de dois dias e só então o resultado será divulgado pela imprensa.
O paciente deu entrada na quinta-feira (9) em uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) na cidade de Cascavel, no Paraná, com febre alta. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde do Rio, o quadro geral dele era bom, sem apresentar vômitos e hemorragias. Desde então o homem foi mantido em isolamento total.
Como a doença estaria no 21º dia, o caso foi considerado suspeito, já que este é o limite para o período de incubação da doença, no qual ela não pode ser transmitida para outras pessoas. O paciente havia chegado da Guiné, no continente africano, que é um dos três países que mais concentram o surto da doença na África.
Segundo a Secretaria de Saúde, o Estado do Rio está fazendo um trabalho de acordo com as determinações do Ministério da Saúde para manter as unidades de saúde em alerta identificarem sintomas relacionados ao vírus. A pasta também informou que foi elaborado um plano de contingência em parceria com a SMS (Secretaria Municipal de Saúde), Corpo de Bombeiros e Fiocruz, e que há EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) estocados para os profissionais de saúde tratarem dos pacientes com segurança.
De acordo com o protocolo do Estado, em casos de suspeitas, o paciente deverá ser atendido em uma unidade de emergência e ser encaminhado para a Fiocruz, onde o isolamento e cuidados médicos adequados serão realizados. Ainda segundo a secretaria, todo caso suspeito deve ser notificado imediatamente às autoridades de saúde das secretarias municipais, Estaduais e à Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.