A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira (21/9) a Operação URBSLUZIA, com objetivo de reprimir crimes contra o sistema previdenciário nacional ocorridos nos estados do Piauí e Maranhão.
Aproximadamente 40 policiais federais executam 8 mandados de busca e outras medidas restritivas de direitos expedidas pelo Juízo da 1ª Vara Federal em São Luís/MA. O monitoramento eletrônico, por meio de de tornozeleira rastreável, será instalado em sete dos investigados.
As diligências ocorrem simultaneamente nos municípios de Luzilândia/PI, Mata Roma/MA e Tutóia/MA. Neste último, as buscas acontecem na sede da APS, onde se processavam os benefícios.
A investigação realizada no âmbito da Força-Tarefa previdenciária, composta pela PF, MPF e NUINT-PI/CGINT-ME demonstra atuação de grupo responsável pela concessão de diversos benefícios de pensão por morte e auxílios-maternidade, infligindo prejuízo aos cofres públicos no valor de R$ 1,8 milhões já pagos indevidamente. Se calculados os pagamentos indevidos que serão evitados com a suspensão dos benefícios fraudulentos, essa cifra sobe para R$ 4,2 milhões.
O crime somente era possível graças à participação de um servidor do INSS que atua na concessão de benefícios. A fraude consiste em inserção de dados fictícios em processos montados a partir de falsos beneficiários, cooptados por familiares do técnico do seguro social. O grupo conta com apoio de policial para dar segurança no momento dos saques dos valores retroativos, em sua maioria grandes somas em espécie retiradas na rede bancária.
O nome da Operação, Urbsluzia, faz alusão ao município onde eram cooptados os pretensos beneficiários, em nome dos quais eram implementados os benefícios fraudulentos.