Estão avançando as tratativas sobre a parceria que contribuirá para a gestão das águas na Ilha de São Luís (AM). Neste mês, pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil (SGB) se reuniram com representantes da Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Maranhão e da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).
Na ocasião, apresentaram o projeto “Estudos Hidrogeológicos da Ilha de São Luís (MA) – Subsídios para o Uso Sustentável dos Recursos Hídricos”, realizado em parceria com a ANA. Esse trabalho irá embasar o acordo de cooperação entre as três instituições. Com o ACT, a expectativa é dar continuidade aos estudos (publicados em 2019) e promover um programa de capacitação e intercâmbio de dados/informações entre as instituições. “Essa parceria demonstra o nosso compromisso com a população local e segurança hídrica. A cooperação irá trazer resultados significativos, permitindo a tomada de decisões assertivas e contribuindo para a gestão dos recursos hídricos do Maranhão”, reforça o diretor-presidente do SGB, Inácio Melo.
A Ilha de São Luís compreende os municípios de São Luís, Paço do Lumiar, Raposa e São José de Ribamar, abrangendo uma área de aproximadamente 900 km².
Estudos hidrogeológicos
O pesquisador João Diniz, coordenador geral do projeto, explica: “As águas subterrâneas representam cerca de 65% do total de água usada para abastecimento da população da Ilha. Esse estudo visa a gestão integrada das águas superficiais e subterrâneas para garantir o fornecimento contínuo para a região. Isso é muito importante para a ilha”, explica o pesquisador João Diniz, coordenador geral do projeto.
Nesse estudo, que envolveu pesquisadores de diferentes áreas do SGB, foi possível determinar a reserva de água subterrânea, identificar a demanda e analisar cenários. “Fizemos projeções para daqui a 50 anos, considerando vários cenários, em que houve aumento do consumo e diminuição da recarga, por exemplo”.
No documento, também foram apresentadas sugestões para o uso sustentável dos recursos hídricos. Esse foi o primeiro trabalho realizado entre o SGB e a ANA para estudos sobre águas subterrâneas, abrindo portas para outras iniciativas. Até então, os projetos eram voltados para as águas superficiais.