domingo, 24 de novembro de 2024

Campanha Setembro Verde: a importância da doação de órgãos para salvar vidas

Ítala Fernanda Oliveira Gomes (Foto: Ruy Barros)
Ítala Fernanda Oliveira Gomes (Foto: Ruy Barros)

Ato de amor ao próximo que pode salvar vidas, a doação de órgãos é para muitos que aguardam na fila de espera a única chance de recomeço. E para chamar a atenção de todos para essa causa, é realizado no nono mês do ano a campanha “Setembro Verde” que tem como tema  “Doar órgãos é vencer o tempo”, com objetivo a conscientização e esclarecimento do público geral acerca da doação de órgãos.

Após consecutivas altas, o número de transplantes de órgãos, tecidos e células, feitos pela rede pública caiu em 2020 e foi o menor dos últimos oito anos no Brasil. Os dados são do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS), do Ministério da Saúde. Em 2020 foram 62,9 mil transplantes realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), número 22% menor do que o volume realizado em 2019 (81,4 mil). Nos últimos anos, os transplantes vinham crescendo de maneira consecutiva na rede. Agora, o volume voltou ao patamar de 2013, quando foram feitos 62,4 mil procedimentos desse tipo.

“Quando existe uma sociedade mais conscientizada acerca da importância do ato de doar órgãos, os números de doações tendem a aumentar.” Como declarou a Médica nefrologista, Maria Inês de Oliveira, que possui uma extensa experiência como coordenadora da Central Estadual de Transplantes de Órgãos (CET-MA)

“A campanha visa intensificar à doação, já que no dia 27 de Setembro se é comemorado o Dia Nacional do Doador de Órgãos e Tecidos para Transplante. Após a conclusão da morte encefálica do paciente é importante o processo convencimento a doação, pois é um processo seguro, e cheio de amor, além disso, doação é um ato maior de não apego, de possibilitar vida e melhorar de qualidade de vida de um paciente. A conscientização é o ponto principal, a negativa familiar é um dos motivos que dificulta a doação para transplante, alegando muitas vezes motivos religiosos tirando a possibilidade de vida de outra pessoa” afirmou a médica Maria Inês.

A luta para encontrar doador compatível é compartilhada por exatos  984 pacientes que aguardam na fila de espera para transplantes no Maranhão. Uma delas é a técnica de enfermagem, Marcia Marques, que afirma a sua esperança por um transplante.

” Continuo a ter esperança em busca da liberdade, afinal não é cura, é tratamento fora da máquina, mas que a gente se sente com uma qualidade de vida muito melhor do que você esta na hemodiálise, então a espera as vezes é longa, mas não podemos perder as esperanças que ela vai vir” disse Marcia Marques.

Uma das beneficiadas com o transplante de órgão foi a advogada Ítala Fernanda Oliveira Gomes, 26 anos. Ela conta que passou cinco anos esperando por um transplante de rim, até que recebeu uma doação do seu amigo. “A doação de órgãos salva e transforma vidas. Ela dá liberdade, qualidade de vida, e o mais importante, perspectiva de futuro. A doação transforma tanto quem recebeu quanto que doou. Recebi a doação do meu melhor amigo e quando ele me vê bebendo água, por exemplo, diz que é a maior felicidade da vida dele.” diz uma das transplantadas do Maranhão.

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