sexta-feira, 26 de julho de 2024

Caso Brunno: advogado teria coagido vigilante

Uma das “promessas” seria de que João Nascimento Gomes não cumpriria pena em Pedrinhas.

 

O presidente da comissão de Direitos Humanos da OAB-MA, Luís Antônio Pedrosa, afirmou que, segundo a família do vigilante João Nascimento Gomes, foi seu advogado quem o coagiu a assumir a autoria do crime que vitimou o assessor jurídico Brunno Matos.

 

 

 

Leia mais sobre o caso:

 

Caminhada pede justiça pela morte de Brunno Matos;

DJ Claudinho Polary emite nota de repúdio;

Pai de Brunno Matos contesta confissão de vigilante;

SSP cria comissão para apurar morte de advogado;

 

A intenção era a de que, se não confessasse o crime, o vigilante não teria advogado que o defendesse e que, ao assumir a morte de Brunno, receberia uma pena mais branda. O cumprimento da pena em unidade fora do Complexo de Pedrinhas também teria sido negociada. A reportagem procurou o advogado de João Gomes, mas não foi encontrado ara comenta o caso.

 

Pedrosa explicou ainda que a família do vigilante tinha o interesse em mudar de advogado. “A mãe me informou que eles não querem mais esse advogado. Agora nós vamos apurar essa versão e indicar outro advogado, em se confirmando este fato”.

 

A coação teria ocorrido dentro do carro do advogado, pouco antes de João Gomes prestar depoimento ao delegado Márcio Dominici. “Eles (a família) disseram que o vigilante desceu no carro nervoso e sem saber o que dizer, assumiu a culpa.”

 

O presidente da comissão da OAB, afirmou também que não há nenhuma prova contra João Gomes, apenas sua confissão.

 

Se confirmada a tese apresentada pela família do vigilante, a suspeita do crime voltam-se para Carlos Humberto Marão Filho (já detido) e o universitário Diego Polary.

 

Na semana passada, em entrevista a uma rádio, o pai de Brunno, Rubem Soares, contestou a apresentação espontânea do vigilante como autor do crime.  

 

Na sexta-feira (17) o pai de Diego, o DJ Claudinho Polary emitiu uma nota de repúdio por meio de um perfil numa rede social. Ele alega inocência do filho e negou que estivesse planejando uma fuga. No mesmo dia, após as novas informações do caso, a SSP criou uma comissão formada por quatro delegados para presidir acompanhar o inquérito.

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