Reconstituição e laudo pericial da faca darão certeza sobre quem matou o advogado no dia 6 de outubro, no Olho d’Água.
A contradição de versões quanto a autoria do crime que vitimou o assessor jurídico Brunno Matos só deve ser solucionada depois do resultado do laudo pericial feito na faca usada no assassinato e a reconstituição do fato. A hipótese de duas facas e dois autores é uma possibilidade que ainda não foi descartada pela polícia.
Leia tudo sobre o caso Brunno:
Caso Bruno Matos: vigia assume autoria de crime;
Pai de Brunno Matos contesta confissão de vigilante;
Caminhada pede justiça pela morte de Brunno Matos;
DJ Claudinho Polary emite nota de repúdio;
SSP cria comissão para apurar morte de advogado;
Vigia teria sido coagido a assumir morte de Brunno;
Caso Brunno: advogado teria coagido vigilante;
O prazo legal para a divulgação do resultado da perícia é de 30 dias, mas segundo o delegado que preside o inquérito, Márcio Dominici, é provável que esse período seja reduzido. “Esse é o prazo determinado por lei, mas, da forma que a investigação está ele não deve ser tão extenso”, estimou.
A participação de duas pessoas no crime não foi descartada pelo delegado. A confirmação ou não depende também do laudo pericial que vai mostrar se existia sangue de Brunno na faca que ficou presa nas costas de Kelvin Kim Chiang, ferido na confusão. “Não descartamos essa hipótese de duas facas, apesar de nada apontar diretamente para isso”, informou Márcio Dominici.
Versões
Desde o crime três teses têm sido mais fortemente investigadas. A primeira, que culminou com a prisão de Carlos Humberto Marão Filho, é a de que houve um desentendimento entre dois grupos. “Marão” teria voltado m casa, apanhado a faca e ferido de morte Brunno Matos, e cortado Kelvin, Alexandre Matos (irmão de Brunno) e uma quarta pessoa.
A segunda versão aponta para o universitário Diego Polary como autor das facadas. Ao ver Marão na briga, Polary se meteu na confusão com a arma branca. Esta hipótese ganhou força depois que as vítimas prestaram depoimentos na delegacia.
A terceira versão é a de que o vigia, João Nascimento Gomes, onde ocorria a festa matou Brunno. Ele, em depoimento gravado sem o seu consentimento, segundo o presidente da comissão de Direitos Humanos da OAB-MA, Luís Antônio Pedrosa, afirma que não tentou machucar ninguém. O pai de Brunno, Rubem Soares contestou a confissão e, um dia depois, a mãe do vigia procurou a comissão da OAB-MA para denunciar uma suposta coação do advogado de seu filho. João Gomes retificou seu depoimento e, em entrevista exclusiva à TV Guará reforçou a coação indicando que o advogado Adaiah Martins Rodrigues Neto, disse que, se ele não assumisse o crime, não teria advogado. A promessa de cumprimento de pena mais branda na carceragem da PM ou na unidade de ressocialização do Olho d’Água.