quinta-feira, 28 de março de 2024

Cessão de servidores municipais ao Estado serão reavaliadas

Medida foi motivada após morte de mecânico por zelador em Vitória do Mearim.

 

Serão revisadas as parcerias institucionais do Governo do Estado com Prefeituras municipais cujos objetos sejam a cessão de funcionários da administração municipal para a estadual. A medida abrange, especialmente, os casos onde a segurança pública estiver envolvida.

 

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A motivação para a revisão foi o caso da execução de um mecânico por um funcionário da Prefeitura de Vitória do Mearim, no dia 28 de maio. O caso teve ampla repercussão no Estado, pois foi filmado por diversas testemunhas.

 

Histórias como a do zelador da delegacia de Vitória do Mearim, Luiz Carlos Machado, flagrado com armamento policial e trajes militares, não devem mais acontecer no Maranhão.

 

Pelo menos não com a anuência da Secretaria de Segurança Pública do Estado. É que, segundo o secretário Jefferson Portela, todos os funcionários cedidos para unidades de segurança nos municípios deverão se limitar a desempenhar apenas atividades administrativas. No caso de Vitória do Mearim, o executor do mecânico estava desde 2009 prestando serviços na delegacia da cidade e em 2011 participou de uma ação que culminou com a morte de um suposto bandido.

 

“Um levantamento está sendo feito pelas secretarias de Segurança e de Planejamento para identificar todos esses convênios com as prefeituras. Vamos tirar das ruas essas pessoas que não possuem treinamento e estão em desvio de função”, explicou Portela.

 

A reclamação do secretário com o preparo dos agentes de segurança do Estado não é nova. Poucos dias após assumir a pasta, Jefferson Portela criticou a “rapidez” com a qual os policiais foram para as ruas.

 

Numa de suas afirmações, Portela sugeriu que a governadora Roseana Sarney fardou e armou homens que ainda não tinham passado por todas as etapas da academia de polícia. Nessa quinta-feira (4) ele voltou a se indignar com a administração passada ao revelar que, em alguns casos, não houve a nomeação dos policiais. “É um absurdo. Eles puseram policiais nas ruas sem sequer nomeá-los”, afirmou.

 

Excedentes convocados

Desde os primeiros à frente do Governo, algumas medidas provisórias foram tomadas. A assembleia legislativa foi comunicada, ainda durante a cerimônia de posse, da convocação de 1.000 candidatos a policiais militares. A simples convocação não representa o reforço desse efetivo instantaneamente nas ruas, mas foi um dos pontos mais comentados à época. 

No fim de maio, Flávio Dino anunciou que mais 1.500 candidatos se juntariam aos 1.000 convocados em janeiro. No âmbito da Polícia Civil, 10 delegados foram nomeados, segundo o governador.

 

Investimentos na segurança

Além da questão do efetivo da tropa, o Governo anunciou que R$ 3 milhões serão investidos apenas em armamento. Jefferson Portela quer acabar com o compartilhamento de equipamentos. “Hoje o policial divide o colete, divide a arma e isso tem que acabar. Esse dinheiro que será disponibilizado não é para fazer política, é para ser investido em qualificação e equipamentos”, ressaltou.

 

Durante a entrevista ao apresentador do Ronda 23, Laércio Júnior, Portela adiantou também que o sistema de comunicação da polícia será mais eficiente. Os rádios comunicadores serão digitais e o diálogo com cidades do interior do Estado, por exemplo, serão mais seguros”.              

 

 

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