sábado, 7 de setembro de 2024

Cesta de orgânicos ajuda pequeno produtor a enfrentar pandemia

Foto: Thadeu Pablo

A busca por uma alimentação saudável em meio à pandemia do coronavírus deu um fôlego para os pequenos produtores enfrentarem a crise.

A categoria, que chegou a ficar aflita com o fechamento de restaurantes durante o isolamento social, viu nas cestas de frutas, verduras e legumes orgânicos delivery uma opção para trabalhar e faturar.

A alternativa deu tão certo que o setor de alimentos orgânicos não foi afetado pelo encolhimento da economia e manteve uma projeção de crescimento no ano.

“A estimativa é de que o setor mantenha um crescimento na ordem de 10% nas vendas em 2020 na comparação com 2019”, diz Larissa Kuroki, coordenadora de Conteúdos e Metodologias do Instituto Akatu.

Muitas pessoas, segundo ela, retomaram o hábito de consumir alimentos in natura nesse período pensando em reforçar os cuidados com a saúde.

“Alguns varejistas sentiram um aumento na demanda por alimentos orgânicos, e o consumidor percebeu que o preço final deles não sofreu nenhuma variação significativa em comparação ao período anterior à crise”, diz Larissa Kuroki

Cestas de orgânicos para pessoa física

Deborah Rosaline Orr, proprietária da DRO ervas e flores, empresa de produtores orgânicos focados na alta gastronomia, diz que sentiu o impacto da pandamia no início do isolamento porque muitos clientes precisaram fechar as portas.

A empresa, então, teve a ideia de lançar as cestas orgânicas para pessoa física “e a aceitação do mercado tem sido maravilhosa”, segundo ela. “O pequeno produtor não consegue ficar dois ou três meses sem vender e manter a empresa aberta. As cestas de frutas, verduras e legumes orgânicos estão ajudando a categoria a ficar ativa nesse período.”

Deborah conta que possui três tipos diferentes de cestas de verduras e legumes, assim como uma de frutas semanal. A escolha depende da quantidade de familiares e do hábito alimentar.

“Buscamos sempre um equilíbrio de ingredientes para que as pessoas tenham uma alimentação mais variada e saudável”, afirma a empresária.

A sustentabilidade está na forma como os produtos são produzidos, sem agrotóxicos.

O Instituto Chão, um espaço de convivência e economia solidária, sentiu as vendas despencarem no início do isolamento social.

Tentou adotar um novo formato de atendimento pela internet, mas não deu certo. Decidiram, então, reabrir seguindo as normas impostas.

Com isso, conseguiram manter o mesmo nível de vendas dos três primeiros meses do ano e garantir uma reserva financeira para o enfretamento da quarentena.

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