terça-feira, 16 de abril de 2024

Comandante explica falhas durante incêndio em apartamento

Acidente aconteceu na tarde de terça-feira (2) na Ponta do Farol; ninguém ficou ferido. 

 

O comandante do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão, coronel Célio Roberto, explicou que, em pelo menos três pontos, a administração do condomínio Farol da Ilha, falhou no sistema de prevenção de incêndios. No local, um apartamento pegou fogo nesta terça-feira (3) e 19 pessoas precisaram ser resgatadas por socorristas militares.

 

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Hidrantes obstruídos, portas “corta-fogo” mau utilizadas e equipe de brigadistas sem o treinamento adequado para situações de incêndio. Nesses três aspectos a administração do condomínio Farol da Ilha, localizado na Ponta do Farol não agiu da maneira correta.

 

A afirmação foi feita pelo coronel Célio Roberto durante entrevista coletiva na sede da corporação, no Bacanga.

 

Segundo o comandante, uma escavação precisou ser feita para que os militares tivessem acesso aos hidrantes de recalque, equipamento usado pelos socorristas durante ocorrências de incêndio. “Os hidrantes estavam sujos e obstruídos, tanto que precisamos cavar e isso demorou um pouco mais na ação”, disse.

 

Sobre o uso das portas corta-fogo e escadas, o coronel revelou que lixeiras eram usadas como calço nas portas, deixando-as abertas de forma constante. Ele recomendou que essa medida não fosse adotada em nenhum lugar. “Essas portas evitam que a fumaça se espalhe pela escada, justamente a rota de fuga. Por essa razão, os bombeiros precisaram usar os balões de oxigênio”, descreveu.

 

O pronto-atendimento dos Bombeiros evitou que os moradores dos andares de cima ficassem mais tempo presos, porém, a retirada dos moradores só foi feita depois da chegada dos militares. De acordo com Célio Roberto, os funcionários tem treinamento de brigadistas, mas isso não ocorreu. Perguntado sobre a possibilidade de os brigadistas terem sido mau treinados, o coronel se esquivou e disse apenas que, no momento da ocorrência, os procedimentos não foram adotados.

 

Vistoria e liberação de laudo

O coronel afirmou ainda que há quatro meses, em fevereiro, portanto, o Grupamento de atividades técnicas (GAT) vistoriou e emitiu o laudo que atestava a segurança do lugar. “Naquele momento estava tudo dentro dos padrões”, ratificou.

 

Criação de comando na Lagoa da Jansen

Durante a entrevista coletiva foi anunciada também a criação de um destacamento especial com base na Lagoa da Jansen. A grande concentração de empreendimentos prediais na região motivou a medida. “Nosso veículo que possui a escada ficará naquele lugar justamente para atenderemos a essas ocorrências o mais rápido possível”.

 

Solicitação de vistorias e denúncias

Moradores que encontrarem problemas na segurança dos prédios devem solicitar a visita de uma equipe do GAT. A vistoria é agendada e todos os itens de segurança são observados, afirma o coronel. As vistorias podem ser solicitadas pelo número 3212-1501.

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