quinta-feira, 25 de abril de 2024

Conheça os empregos mais estranhos do mundo

O que faz um país ser tão diferente do outro? Cultura, religião, política, geografia e também… os tipos de empregos!

 

Conversamos com pessoas de diversas partes do mundo pelo site de perguntas e respostas Quora para saber quais são os empregos específicos que só existem nos seus países. Eis algumas das respostas mais curiosas.

 

 

Bloqueador de placa em rodízios de carro

Todo mundo detesta ficar parado no trânsito. Talvez seja natural que, por isso, muitos novos empregos estejam surgindo neste momento.

 

Em Teerã, no Irã, há um rodízio de placas que permite apenas alguns carros por dia na região central da cidade, semelhante ao que acontece em São Paulo.

 

Segundo Alireza Behrooz, o rodízio de Teerã deu origem à profissão de “bloqueador” de placas de carros.

 

— A pessoa é paga para caminhar atrás dos carros no trânsito, na área onde as câmeras fotografam as placas

 

 

 

“Telemotoristas” e caroneiro profissional

 

Na China, os motoboys criaram um serviço de “delivery” de pessoas presas no trânsito, como conta Andrew Houston Vaughan. O serviço é feito por duas pessoas a bordo de uma moto ao longo de uma avenida congestionada.

 

— Uma delas pega o seu lugar no carro, e a outra leva você na garupa da moto até onde você precisa ir.

 

Em Jacarta, na Indonésia, é proibido dirigir carros com menos de três pessoas em determinados momentos do dia — outra medida para tentar desbloquear o trânsito. Melisa Sudirman conta que assim surgiram os “Joki” — pessoas que são pagas apenas para preencher uma vaga em um carro vazio.

 

 

 

Homens-zebra no trânsito

 

Alguns empregos levam segurança a sério demais. Na Bolívia, em algumas ruas, a faixa listrada de pedestres é acompanhada por pessoas literalmente listradas. Fantasiadas de zebra, elas fazem um espetáculo, choram e interrompem o trânsito toda vez que algum carro desrespeita a faixa de segurança.

 

Segundo a boliviana Andrea Guzman, os jovens são empregados por um programa chamado Mama Zebra, de conscientização sobre o trânsito. O dinheiro que ganham trabalhando nas ruas os ajuda a pagar seus estudos.

 

No Vietnã, travessias de outro tipo são auxiliadas por pessoas com uma profissão bem específica. Em muitas cidades remotas, os rios transbordam facilmente, dificultando a vida das crianças que precisam ir à escola. 

 

Para atravessar o rio sem se molhar, os vietnamitas contam com “homens fortes” — que carregam as crianças embaladas em sacos plásticos.

 

— Esse emprego só foi descoberto pela maioria dos vietnamitas recentemente

 

 

 

Segurador de lugar na fila

 

Na Polônia, onde filas gigantescas ainda são parte da cultura local, é possível contratar um “segurador de lugar na fila”, segundo Igor Sawczuk.

 

— Nós tivemos socialismo no nosso país a até 20 anos atrás, mas nossa cabeça continua a mesma. Ainda esperamos por muitos serviços básicos. Comprar um telefone celular? Entre na fila. Ter tratamento médico? Entre na fila. Esperar por uma vaga de trabalho? Entre na fila

 

 

 

Catador de mel e médico voador

 

A geografia complicada de alguns países rende trabalhos arriscados.
No Nepal, existe uma tradição de se buscar mel em abismos e montanhas. Isso continua até hoje, segundo Shree Khanal.

 

— Caçadores de mel local mostram suas técnicas excepcionais ao se dependurar em alturas de até 300 metros usando escadas de bambus ou cipós. Todos adoram vê-los trabalhar.

 

Na Austrália, a geografia vasta, com muitos lugares remotos, criou o serviço de médicos “voadores”.

 

O serviço é feito por uma entidade chamada Royal Flying Doctor Service e existe desde 1928, segundo o australiano David Stewart

 

 

 

Marmiteiros de bicicleta

 

Na Índia, muitos consomem – seja por custos ou pelo sabor – uma comidinha caseira vendida em marmitas conhecidas como dabba. As marmitas são mais populares que muitos restaurantes.

 

Os entregadores de marmitas — conhecidos como dabbawalas — são parte da cultura de Mumbai e outras cidades, conta Murali Krishnan.

 

— Dabbawalas passam nas casas das pessoas para pegar as marmitas com comida e as entregam no lugar de trabalho. Geralmente, são estudantes que fazem tudo de bicicleta ou trem. Depois da refeição, eles trazem os dabbas de volta para as casas

 

— Cerca de 5.000 dabbawalas cobrem uma área de 70 quilômetros quadrados em Mumbai e são responsáveis por 400 mil transações por dia. E eles não usam nada para anotar os pedidos. Eles usam um sistema de números, cores e outras marcações para lembrar onde precisam levar cada dabba

 

 

 

Carpideiras

 

No Rajastão, uma prática conhecida do Brasil de antigamente ainda existe: as carpideiras — mulheres contratadas para chorar em velórios. Abhilash Pattnaik explica:

 

— Elas são conhecidas como ‘rudaali’, que significa literalmente ‘mulher chorona’. Elas expressam sentimentos de pessoas que não podem se manifestar em público desta forma, devido ao seu elevado status social. As rudaalis fazem um escândalo chorando. O impacto disso nos demais faz com que muitos também comecem a chorar

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