O custo da cesta básica em setembro de 2016 apresentou comportamentos diferentes entre as 27 capitais brasileiras, segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). Em São Luís a cesta básica do mês de setembro teve um recuo comparado a agosto de -0,86% e o custo passou a ser de R$ 383,04. Enquanto houve alta da cesta em 13 cidades, em outras 14, foi registrada redução. As maiores altas ocorreram em Brasília (2,37%), Salvador (1,46%), Fortaleza (1,42%) e Recife (1,06%). As retrações mais expressivas foram observadas em Macapá (-5,18%), Goiânia (-4,31%), Campo Grande (-1,95%) e Belo Horizonte (-1,88%).
São Luís
De janeiro a setembro de 2016, a alta acumulada foi de 16,96%. Houve elevação no preço médio do café em pó (3,87%), do arroz agulhinha (3,03%), da manteiga (1,76%), da farinha de mandioca (1,54%) e da banana (0,36%); já o do pão francês não apresentando variação. As reduções foram anotadas no feijão carioca (-4,28%), tomate (- 2,21%), açúcar refinado (-1,21%), carne bovina de primeira (-0,93%), leite integral (-0,65%) e óleo de soja (-0,54%).
Em 2016, o feijão acumulou alta de 140,94%; a manteiga, de 57,44%; a farinha de mandioca, de 43,36%; o leite integral, de 36,42%; a banana, de 34,78% e o café em pó, de 19,39%. Os demais produtos tiveram acréscimos abaixo da taxa média da cesta, de 16,96%: açúcar, 13,15%, arroz agulhinha, 12,92%, óleo de soja, 2,23% e pão francês, 1,77%. Apenas a carne bovina de primeira e o tomate tiveram variações acumuladas negativas, -1,94% e – 17,73%, respectivamente.
O preço do feijão carioca seguiu em queda na capital Maranhense. Isso porque houve abastecimento do mercado devido ao início da colheita da safra irrigada e redução da demanda pelos altos preços praticados. Por mais um mês, o quilo do tomate recuou. Houve maior volume ofertado do fruto devido à intensificação da colheita da safra de inverno. As cotações do leite tiveram ligeira queda, não acompanhando o seu derivado – manteiga. Após altas de meses, o preço do leite recuou. Isso se deve ao aumento na captação da matéria prima – refletindo a recuperação das pastagens, favorecida pela chegada das chuvas em algumas regiões, e o início da safra no Sul do País-, e a fraca demanda interna.
O preço do café seguiu em alta devido à valorização do grão arábica no mercado internacional elevou a cotação dentro do País e a redução da oferta do grão robusta. O aumento do quilo do arroz resultou do baixo ritmo de negócios entre produtores e indústria. Além disso, houve diminuição da área de plantio e foi necessário a importação de arroz.
CESTA X SALÁRIO MÍNIMO EM SÃO LUÍS
Em setembro de 2016, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 95 horas e 46 minutos, inferior à jornada calculada para agosto, de 96 horas e 33 minutos. Quando se compara o custo da cesta e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 8% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em setembro, 47,31% dos vencimentos para adquirir os mesmos produtos que, em agosto, demandavam 47,70%.