Em um painel no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse que a escolha de explorar petróleo na bacia da Foz do Amazonas, ou em qualquer outro lugar, é do governo e não do Ministério do Meio Ambiente.
Questionada pelo mediador do painel, o apresentador Luciano Huck, sobre a possibilidade de exploração do recurso na bacia da Foz do Amazonas, Marina declarou: “A decisão de explorar ou não petróleo no Brasil não é tomada pelo Ministério do Meio Ambiente, é uma decisão de governo e do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE)”.
Uma estimativa da Petrobras aponta que a região pode render 14 bilhões de barris de petróleo. No entanto, no ano passado, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), ligado ao Ministério do Meio Ambiente, rejeitou a licença para a estatal começar os estudos na bacia, que fica a cerca de 175 km da costa do estado do Amapá.
Uma nova solicitação foi feita pela Petrobras. Na ocasião, o Ibama afirmou que divulgaria a decisão no início deste ano. “No caso da Foz do Amazonas, nós negamos a licença já por duas vezes, em 2018, e agora na minha gestão. Por razões ambientais”, disse Marina.
Além da ministra, participaram do evento o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), a Coordenadora Geral da Coordenadoria de Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (COICA), Fany Kuiru, e o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Ilan Goldfajn.