quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Desemprego entre jovens de até 24 anos cresceu 73%, aponta estudo do Ipea

Nos últimos sete trimestres, a economia brasileira viveu período de grave recessão e já acumula uma queda de mais de 7%, com forte impacto no mercado de de trabalho. Um levantamento feito pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), dvivulgado nesta sexta-feira (10) mostra que a população mais afetada pelo desemprego é a de jovens com idade entre 14 e 24 anos. Para este grupo, a taxa de desemprego que era de 15,25%, no quarto trimestre de 2015, passou para 26,36%, no primeiro trimestre de 2016, alta de 73%.

A taxa geral de desemprego é de 11,2% para o primeiro trimestre deste ano, ou seja, para os mais jovens o índice de desemprego é o dobro do que para o restante de população.

Já a redução do rendimento salarial foi maior para a parcela dos trabalhadores que recebem menos de um salário mínimo. Para estes, a redução do salário chegou a mais de 10% nos últimos 12 meses. A queda generalizada de rendimentos e na ocupação resultou em uma massa salarial de R$ 173 bilhões entre fevereiro e abril deste ano, mesmo patamar que se encontrava há três anos.

O estudo foi organizado pelo Gecon (Grupo de Estudos de Conjuntura da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas), do Ipea, com dados Ministério do Trabalho e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas).

Entre abril de 2015 e março de 2016, foram encerrados 1,88 milhões de postos de trabalhos formais, que representa mais de 250 mil vagas a mais que o acumulado no ano de 2015. Em abril de 2016, foram fechados mais de 62 mil postos formais.

O saldo negativo de vagas em abril marcou o 13º mês consecutivo com quedas no estoque de ocupações formais, sendo que desde o início da crise em outubro de 2014, já se acumula o encerramento de mais de 2,58 milhões de vagas com carteira de trabalho assinada. Os setores que mais contribuíram para essa deterioração foram a indústria, os serviços e comércio.

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