Atualmente, a depressão afeta 340 milhões de pessoas em todo o mundo, ou seja, uma em cada cinco pessoas em algum momento da vida já apresentou ou apresentará quadro depressivo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), essa deve se tornar a principal doença nos próximos vinte anos.
Mas o que é depressão? É um distúrbio emocional, hoje reconhecido como doença. Segundo as modificações no Código Internacional de Doenças (DSM-V), é caracterizada por tristeza profunda e baixa autoestima, que pode ser desencadeada pelo estresse, assedio moral, jornada de trabalho muito extensa, problemas financeiros, falta de emprego, cobrança pessoal, frustrações, luto e também por causas biológicas.
Há uma alteração química no cérebro do paciente, onde os neurotransmissores não são produzidos de maneira satisfatória. Entre eles estão a serotonina, noradrenalina e dopamina, que são substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células.
Nestes casos é necessário que o paciente procure um profissional da área de saúde mental, no caso um psicólogo ou psiquiatra, para que seja feita uma avaliação do caso. Se a pessoa for diagnosticada um quadro depressivo, deverá iniciar um processo de psicoterapia, em que irá rever sua postura diante dos problemas, e também um tratamento medicamentoso, para adequar quimicamente a produção destes neurotransmissores.
Após décadas de estudos a respeito da depressão, o novo Código Internacional de Doenças (DSM-V), resolveu incluir dentro do quadro da depressão o luto, que anteriormente não era aceito. Isto faz com que a depressão desencadeada pela perda de um ente querido seja aceita como doença, e também possa ser tratada adequadamente.
Não é uma simples tristeza
Há uma grande diferença entre tristeza e depressão. A tristeza pode ocorrer desencadeada por algum fato do cotidiano, onde a pessoa realmente sofre com aquilo até assimilar o que está acontecendo e geralmente não dura mais do que quinze a vinte dias. Já a depressão se instala e se não for tratada pode piorar e passar por três estágios: leve, moderada e grave.
Geralmente a pessoa pode apresentar dois ou mais dos seguintes sintomas:
- Apatia
- Falta de motivação
- Medos que antes não existiam
- Dificuldade de concentração
- Perda ou aumento de apetite
- Alto grau de pessimismo
- Indecisão
- Insegurança
- Insônia
- Falta de vontade em fazer atividades antes prazerosas
- Sensação de vazio
- Irritabilidade
- Raciocínio mais lento
- Esquecimento
- Ansiedade
- Angustia.
Além disso, o indivíduo pode apresentar alguns sintomas físicos que os médicos não conseguem encontrar causas aparentes, como:
- Dores de barriga
- Má digestão
- Azia
- Constipação
- Flatulência
- Tensão na nuca e nos ombros
- Dores de cabeça
- Dores no corpo
- Pressão no peito
- Entre outros…
Estes são alguns dos indícios da depressão. Mas, se houver dúvida, procure um especialista para ter um diagnostico e tratamento corretos. Não tenha medo ou vergonha de expressar o que realmente está sentindo e vivenciando, pois esses profissionais irão se basear nestes dados para poderem prescrever um tratamento e a partir daí, o paciente voltar a ter qualidade de vida, com alegria e bem estar.
Por Portal Guará
Da redação, com informações da assessoria