Durante a semana em que exerce o cargo de governador interino do Maranhão, Felipe Camarão tem equilibrado com rigor suas funções institucionais e articulações políticas. No plano administrativo, cumpre todos os compromissos oficiais exigidos pelo cargo, incluindo despachos com secretários de Estado e decisões estratégicas para o funcionamento do Governo.
Paralelamente, Camarão também movimenta seu nome como pré-candidato ao Governo do Estado. A agenda inclui uma viagem a Brasília, onde, além de tratar de assuntos administrativos, deve se reunir com a cúpula nacional do PT para reforçar seu projeto político rumo ao Palácio dos Leões.
Na última segunda-feira (2), um almoço promovido pelo deputado estadual Carlos Lula (PSB) reuniu parlamentares aliados do grupo liderado por Flávio Dino. O gesto foi interpretado como demonstração de prestígio a Camarão, mas também como um sinal claro de unidade entre os aliados, mesmo diante de possíveis disputas internas no futuro.
A transição temporária de poder ocorre enquanto o governador Carlos Brandão (PSB) cumpre agenda oficial na França e Suécia. O momento tem sido apontado como exemplo de estabilidade institucional. Apesar de já ser visto por setores do grupo político como potencial adversário de Brandão, Felipe Camarão mantém postura de respeito e lealdade, evitando atritos e demonstrando alinhamento com o governador titular.
Um dos gestos mais simbólicos foi a mensagem pública enviada por Camarão a Brandão no dia de seu aniversário, em que desejou “felicidades e muitas bênçãos nesse novo ciclo de vida”, encerrando com a expressão franciscana: “Paz e bem!”.
A conduta tem sido considerada exemplar, especialmente em comparação com os frequentes conflitos entre governadores e vices registrados na política maranhense nas últimas décadas.
